quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Pode a Moralidade Salvar-nos?- Watchman Nee

Extraído do Livro " Cheio de Graça e de Verdade"
você pode baixar esse livro aqui no filho varão

Pode a moralidade salvar-nos? A resposta do mundo a esta pergunta é: "Sim"; mas a resposta de Deus, mediante a Bíblia é um grande e enfático "Não!" O poder de nossa salvação está nas mãos de Deus e não em nosso pensamento, pois nossa salvação tem origem nele; não é algo que nós mesmos arbitrariamente possamos decidir. Neste assunto precisamos ouvir a voz de Deus. Precisamos ouvir o que ele tem a dizer e não imaginar que nossas obras nos salvarão. Devemos compreender claramente que o assunto da salvação é determinado por Deus e por ele somente.
Bem-aventurado é o homem que reconhece que a moralidade não o pode salvar de modo nenhum! Hoje em dia as pessoas geralmente vêem a idéia de alguém pregando-lhes acerca de "crer em Jesus" como uma tentativa em persuadi-las a praticar o bem. Entretanto, o próprio conceito de persuasão demonstra o fato de que o homem não pode fazer o bem. Mesmo muitos crentes não compreendem por completo que as boas obras não podem salvá-los. Pensam que se fizerem o melhor que puderem a fim de conservar a fé, freqüentarem a igreja, contribuírem com seu dinheiro e ajudarem nas atividades da igreja — isto é, se procurarem fazer o melhor em realizar o bem — que Deus se agradará deles e que os salvará. Entretanto, como ignoram eles o vazio de todas estas coisas! Pois no caso da salvação, estas coisas não ajudarão nem um pouco! (Não quero dizer aqui que não devemos conservar a verdade, e assim por diante. Digo apenas que não seremos salvos por meio dessas coisas.)
É vão arrazoar e argumentar com palavras humanas. Ouçamos, antes, a Palavra de Deus. O que Deus diz a respeito de um assunto, é a solução.
"Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei" (Romanos 3:28). A frase "obras da lei" significa a prática do bem. Ora, a lei é estabelecida por Deus e define o que o homem deve fazer. Se alguém pudesse cumprir a lei de Deus, seria tido como a melhor pessoa no mundo. Entretanto, por meio do autor da carta aos Romanos, Deus diz que é absolutamente claro e certo que o homem não é justificado pelas obras da lei.
O que significa ser justificado? Significa que Deus não somente perdoará os pecados da pessoa mas também declarará ser ela justa. Em outras palavras, ser justificado é ser salvo. O que Deus nos ensina aqui é isto: não podemos ser justificados e salvos pelo praticar as obras da lei. Nenhum de nós pode, portanto, confiar em suas boas ações como se elas pudessem salvar. Logo, paremos de confiar em nossas próprias boas obras, confessemos que de nós mesmos somos pecadores sem esperança e aceitemos a Jesus como nosso Senhor e Salvador. Ao fazer isto, seremos salvos.
Louvado seja Deus, pois ele não salva porque as pessoas fazem o bem. Pelo contrário, ele salva segundo este princípio: "onde abundou o pecado, superabundou a graça" (Romanos 5:20b). Deixe-me perguntar-lhe: Você sabe que é pecador? A sua consciência o acusa? Você ainda não concluiu em seu coração que uma pessoa como você está sem esperança? Não se engane ao pensar que pode ser salvo por fazer o bem ou por unir-se a uma igreja para que entre nas boas graças de Deus mediante o cântico e a oração. Não tente usar meios humanos para remediar seus pecados. Você é pecador; não importa o quanto você tente consertar as coisas, ainda é pecador. Portanto, não confie em suas boas obras. Embora seus pecados possam ser muitos, o sangue precioso de Cristo pode purificá-lo e o purificará. Venha a ele agora!
Charles H. Spurgeon, pregador inglês, foi grandemente usado pelo Senhor. Certa vez Spurgeon afirmou que se o Senhor desejasse que ele fizesse o bem a fim de ser salvo ele não gostaria de ser cristão. Explicou sua afirmativa, ilustrando o seu ponto como segue:
— Depois de ter praticado muito o bem, apresentei minhas obras a Deus e perguntei se eu já era bom o suficiente para ser salvo. Ele, sendo Deus de todo o bem, naturalmente ficou insatisfeito com minhas boas ações. De modo que sacudindo a cabeça, disse: "O seu bem não é suficiente." Com tristeza segui meu caminho. E procurei fazer mais boas obras. Mais tarde, depois de vários anos, tornei a levar as minhas boas ações a Deus e uma vez mais perguntei se eram suficientes para minha salvação. De novo, ele respondeu: "O seu bem ainda não é suficiente; você não pode ser salvo." Isto poderia continuar indefinidamente, e Deus jamais ficaria satisfeito. Nesse caso, como é que eu ficaria sabendo que poderia ser salvo? Se Deus realmente exigisse de mim que eu fizesse o bem a fim de ser salvo, é provável que eu tivesse de trabalhar até a morte e ainda não ser salvo porque ele ainda estaria insatisfeito. Que estado lastimável! Por esse motivo, não gostaria de ser crente se Deus exigisse que eu fizesse o bem a fim de ser salvo; pois eu poderia praticar boas obras a vida toda e ainda ele não ficaria satisfeito. Não seriam vãos todos os meus esforços?
Mas graças a Deus o Pai que não somos salvos por praticar o bem, mas por crer em seu Filho. Embora ele não esteja satisfeito com nossos esforços (pois não temos bem nenhum), não obstante, deleita-se no bem de seu Filho Jesus. Ele está completamente satisfeito com a justiça que seu Filho realizou na cruz. Embora nós mesmos não possamos fazer o bem, podemos, contudo, ser salvos crendo no Filho de Deus, aceitando o mérito do sangue de Jesus vertido na cruz.
Não deixe que Satanás o engane levando-o a pensar que pode ser salvo pelas boas obras. Assim como você não consegue construir uma escada que alcance o céu, da mesma forma não obterá a salvação de Deus pela prática das boas obras. Não somos justificados por Deus mediante boas obras de nenhuma natureza que tenhamos praticado, mas somos "justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus"; pois "se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça" (Romanos 3:24; 11:6). Não são estes versículos da Escritura muito claros? Somos justificados e salvos por Deus não pelas obras mas pela graça.
Graça e obras são dois princípios diametralmente opostos. "Graça" significa que não importa seja o homem bom ou mau, Deus deseja salvá-lo. Este ou aquele homem não é digno de ser salvo, entretanto, por meio da graça de Deus ele tem à sua disposição a salvação gratuita. "Obras", por outro lado, é um assunto inteiramente diverso. "Obras" significa que os bons serão salvos e os maus perecerão. Em outras palavras, o homem deve fazer o bem a fim de salvar-se; e todo aquele que não puder salvar a si mesmo desta maneira deve ir para o inferno.
Sabemos que todos nós somos pecadores. Embora não cometamos pecados tão horríveis como assassínio ou como o incêndio de alguma propriedade, nossa natureza, contudo, é totalmente corrupta e nossos pensamentos e ações, cheios de engano. Somos deveras pecadores! Mas graças e louvor a Deus, porque ele não nos salva por nossas obras; pelo contrário, salva-nos por sua graça — gratuitamente e sem reservas.
Hoje em dia muitas pessoas têm a idéia de que a salvação não é somente pela graça de Deus: é também por nossas obras. A graça de Deus mais nossas obras é igual à salvação. Se não for assim estaremos perdidos. Que lástima! Como o homem natural sempre procura ser salvo por seus próprios esforços! Entretanto, lembremo-nos das palavras de Romanos 11:6: "Se é pela graça, já não é obras [graça e obras não podem co-existir. Se não for graça, serão obras; se não forem obras, será graça. A salvação não pode vir pela graça e pelas obras]; do contrário [e aqui o autor inverte o argumento, dizendo, de fato, que se graça e obras forem unidas, então... ] a graça já não é graça [o imensurável favor especial de Deus será deturpado pelos trapos da imundícia das obras humanas.]." As obras do homem não somente não podem cumprir a graça de Deus, mas além disso anularão sua graça. Portanto, se você, pecador, deseja ser salvo, não pense que suas obras o ajudarão. Pelo contrário, você deve humilhar-se a si mesmo, reconhecer seu estado de pecador sem esperança e aceitar com gratidão a graça de Deus mediante a fé na obra realizada na cruz do seu Filho. Tal graça maravilhosa é concedida gratuitamente a todos os pecadores!
Mas continuemos a ler a Palavra de Deus. "O homem não é justificado por obras da lei" — "Não por obras da lei, pois por obras da lei ninguém será justificado" — "Todos quantos, pois, são das obras da lei, estão debaixo de maldição" — "É evidente que pela lei ninguém é justificado diante de Deus" (Gálatas 2:16; 3:10, 11).
Ora, já observei que obras da lei é praticar o bem, e que ser justificado pelas obras da lei significa ser salvo pelas obras. Mas o que indicam estes versículos de Gálatas? O homem não somente não pode ser salvo por praticar o bem, mas o que procura ser salvo por meio das obras está debaixo de maldição. A Bíblia diz-nos explicitamente que homem algum jamais foi justificado diante de Deus pelas obras da lei. Por que, pois, você ainda tenta o impossível? Em vez disso, por que não contemplar e abraçar a obra consumada de Cristo? Ele já pagou o preço total, e por amor de você dispôs-se a ser crucificado. Desta forma, ele realizou tudo. De modo que você não precisa procurar a salvação com grande angústia. Antes, pode ser salvo tão-somente aceitando a obra da salvação que Cristo consumou por você. Por que insistir em seu próprio caminho? Creia nele e depois de ter crido, louve-o. Porque ele o amou tanto a ponto de prover-lhe salvação completa e gratuita.
Há dois versículos da Escritura que explicam a salvação divina de uma maneira muitíssimo clara. Paulo, servo de Deus, escreve aos crentes de Éfeso: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8, 9). Sabemos imediatamente desta passagem que trata do assunto da salvação uma vez que começa com as palavras "Porque pela graça sois salvos".
Como é que os leitores de Paulo haviam sido salvos? Pelas obras? Não. Por serem mais fortes do que as outras pessoas? Também, não. Como, pois, foram salvos? Esta passagem diz-nos duas coisas necessárias para a salvação deles: a graça de Deus e a fé. Eis o primeiro elemento: "Pela graça sois salvos." Graça é o que Deus dá; ele providenciou para nós um Salvador — "mas o Senhor fez cair sobre ele [Cristo] a iniqüidade de nós todos" (Isaías 53:6b). Deus fez com que Cristo morresse na cruz para levar os nossos pecados. Cristo sofreu e bebeu por completo o cálice da justa ira de Deus para que pudesse realizar para nós a salvação perfeita. Quão profunda é a graça! A graça de Deus é o fundamento da salvação. Aqui o homem não presta ajuda alguma. Deus, sozinho, realiza tudo por nós. E agora ele apresenta a salvação completa a cada pecador, inclusive você. Como, pois, podemos ser salvos? Não pelas obras da lei, nem pela autonegação, nem pela melhoria pessoal, nem por freqüentar a igreja, mas ao aceitar a graça de Deus manifestada na cruz do Calvário.
Voltemos-nos agora para o outro lado da salvação: 'Tela graça sois salvos, mediante a fé." Deus, deveras, dá a graça, mas devemos também crer. Pois embora Deus conceda a graça, se não crermos não seremos salvos. Uma vez que a graça de Deus já nos providenciou salvação substitutiva na cruz do Calvário, devemos crer em sua provisão, a saber, o Senhor Jesus e sermos salvos.
O que significa ter fé? Crer significa receber (João 1:12). Deus preparou a graça, e somos salvos por recebê-la. Suponha que alguém lhe envie um presente. O presente é seu desde que você o receba. Da mesma forma, Deus lhe envia a graça salvadora que será imediatamente sua no momento em que a receber. Insto com você que não demore mais. Receba-a agora. Estenda a mão da fé e receba a espantosa graça de Deus.
Talvez possamos usar aqui uma ilustração. Em certa época viveu um homem rico. Tendo conhecimento de que muitos pobres estavam quase morrendo de frio, durante um inverno muito severo, ele decidiu procurar o nome e endereço dessas pessoas para mandar-lhes seu servo levando carvão para se aquecerem. Segundo planejado, o servo saiu com o cavalo e a carroça. Ao chegar à primeira casa, perguntou se era um dos nomes e endereços da lista. Recebendo uma resposta afirmativa do pobre, o servo revelou a vontade do seu mestre em dar o carvão. O pobre pensou que devia ser engano. Ele não tinha um amigo tão bom assim e portanto fechou a porta recusando-se a aceitar a dádiva. O que podia fazer o servo senão prosseguir para a casa seguinte? Lá, recebeu o mesmo tratamento; o dono da segunda casa disse não ter tal amigo. Por mais que o servo explicasse que não era engano, o pobre ainda duvidava e recusava-se a aceitar o presente. Depois de ter visitado várias casas e falhado em todas elas (pois ninguém acreditava em um homem tão bom assim que lhes desse carvão de graça), chegou o servo à casa de uma viúva pobre. Ao ouvir a história do servo, ela aceitou o carvão com alegria e agradeceu ao senhor o presente. Com o carvão recebido, passou, com conforto, o amargo inverno.
Você percebe que a graça de Deus é semelhante a esta história: é inteiramente gratuita. E agora que os servos de Deus já lhe trouxeram a salvação do Senhor, você pode experimentar seu calor e alegria, se estiver disposto a aceitá-la. Não seja como os que duvidaram; pois se o fizer, sofrerá a perda eterna infligida por si mesmo! Simplesmente aceite a graça divina e o dom da salvação será seu.
Efésios 2 ensina-nos que é "mediante a fé" e também "pela graça". Instrui-nos ainda mais a respeito da natureza da salvação, que, (1) não "vem de nós, é dom de Deus", e (2) "não de obras, para que ninguém se glorie". A salvação envolve dois "nãos": "não vem de vós" e "não de obras". Quão clara ela é!
Note, primeiramente que a salvação não é de vós. Quer sua moralidade seja superior ou inferior, quer seja você rico ou pobre — nada disso tem absolutamente nenhum efeito sobre sua salvação. Se você estiver disposto a aceitar a graça de Deus, poderá ser salvo independentemente de ser sábio ou tolo, santo ou ímpio. E, também não importa o que você seja, perecerá se recusar-se a aceitar o Salvador. Portanto, a salvação nada tem que ver com o que você é; Deus oferece-a gratuitamente como um dom.
Note também que a salvação não é de obras. "Vós" refere-se ao que você é e "obras" ao que você faz. Deus não disse que a pessoa pode ser salva por praticar o bem; declarou, contudo, que a salvação não vem das obras. Conseqüentemente, você não será salvo ainda que faça o melhor que puder, nem necessariamente perecerá por praticar o pior. O ser salvo ou perecer não depende de suas obras mas do seu aceitar ou não a graça de Deus.
Gostaria de dizer-lhe o seguinte: não pense em suas boas obras; antes, considere mais seus pecados. Por que não vir a Deus com coração contrito e confessar que é pecador e que não possui boas obras das quais se gabar e que não tem mérito do qual depender? Por que não confiar simplesmente na graça que Deus lhe oferece mediante seu Filho na cruz? Peço-lhe que venha sem demora. Ainda hoje, neste mesmo instante, ajoelhe-se e ore; diga a Deus que você recebe ao Senhor Jesus como seu Salvador e peça-lhe que lhe perdoe os pecados e o salve.
Por que Deus não salva o homem mediante as obras? Pode haver muitas razões, mas uma muito básica dada aqui é "para que ninguém se glorie". Se o homem fosse salvo pelas obras, sem dúvida haveria de gloriar-se de si mesmo e deixaria de render glória a Deus. O maior pecado no mundo é ser independente de Deus e não confiar nele. Este fato aplica-se também à salvação. Por que prefere o homem ser salvo por suas próprias obras a aceitar a salvação grátis que lhe foi preparada por Deus? Por causa do orgulho. Quão humilhante é depender de Deus! Não deixa lugar para a vangloria. O homem, portanto, deseja salvar-se a si mesmo mediante suas obras para que possa ter algo de que se gabar. Mas Deus não deseja que o homem seja salvo desta maneira para que ele não se glorie.
Leiamos outro versículo bíblico: "Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou" (Tito 3:5a). Esta passagem ensina-nos que Deus não nos salva por nosso muito acúmulo de justiça, pois como Deus disse mediante o profeta Isaías, no Antigo Testamento: "Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como o trapo da imundícia" (64:6a). Podemos pensar que nossa justiça seja digna de louvor, mas à vista de Deus é menos do que nada! Se ele fosse salvar-nos segundo nossa justiça, todos nós pereceríamos; pois sem exceção, nossa justiça é como o trapo de imundícia. Pode tal justiça jamais ser considerada justiça verdadeira? Como poderia então salvar-nos? Como pode Deus salvar-nos à base de trapos imundos? Ele absolutamente não pode.
Mas graças a Deus, ele mostra-nos graça "segundo sua misericórdia". Ele não nos salva por nossa justiça nem por nossas obras, mas segundo sua misericórdia. O significado da misericórdia é que a graça é concedida ao que não a merece, a despeito da impiedade da pessoa. Como pecadores, não merecemos a salvação de Deus. Entretanto, ele nos ama sem causa. Não se deixando impedir por nossas transgressões, ele fez com que o Senhor Jesus morresse na cruz por nós a fim de dar-nos graça. "Segundo a sua misericórdia ele nos salvou”
De modo que não pense que pode ser salvo por praticar o bem. Creia rapidamente no Senhor Jesus Cristo. Ele não exige de você nenhuma de suas obras; ele está disposto a salvá-lo sem elas. Você não precisa acumular méritos; precisa apenas crer nele. Embora você não possa praticar o bem, embora você seja por demais pecador, ele está disposto a ser crucificado a fim de fazer propiciação por seus pecados, isto é, levar seus pecados de omissão e também de comissão. Venha agora, assim como está, e receba-o como Senhor e Salvador. Ele o salvará, aceitá-lo-á e o transformará.
Não argumente que já é membro de uma igreja ou que já foi batizado e que já participou da Ceia do Senhor ou que até seja líder na igreja. Compreenda e admita que estas coisas não salvam e nem jamais podem salvar. A menos que você creia no Salvador que levou seus pecados e morreu por nós todos, você está perdido — a despeito de sua moralidade ou posição. Você não é diferente dos outros. Nada há que proteja o pecador da ira de Deus a não ser o sangue precioso do Senhor Jesus. Toda tentativa boa falhará; somente a obra da cruz de Cristo permanecerá. Todo caminho de salvação que dependa de obras do ego procede do abismo e para lá há de voltar, porque Deus estabeleceu um único modo de salvação: a aceitação de sua graça mediante a fé na cruz de Cristo. A fim de sermos salvos, devemos seguir esse caminho — e esse caminho somente.
Concluindo, deixarei com vocês um versículo bíblico: "Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão" (Gálatas 2:21). Se as boas obras podem salvar, então Cristo morreu em vão. Teria Deus sido tão tolo ao ponto de enviar seu Filho ao mundo para morrer desnecessariamente se os homens pudessem operar sua salvação de modo que o satisfizesse? A resposta é óbvia! Permita-me dizer-lhe que se você concluir que as obras podem ajudá-lo a ser salvo, estará automaticamente anulando a graça de Deus. Todos os pecadores devem compreender que "a loucura de Deus é mais sábia do que os homens" (1 Coríntios 1:25a). Ele não teria sacrificado seu amado Filho se os homens pudessem ser salvos pelas obras. O próprio fato de ele ter feito com que seu Filho levasse nossos pecados e morresse por nós prova que não podemos ser salvos por nossas próprias boas obras. Você e eu seremos salvos somente se aceitarmos o Senhor Jesus como Salvador. Verdadeiramente, somos pecadores; entretanto, Deus nos ama sem questionar-nos e está pronto a receber-nos! Embora não tenhamos boas obras nem justiça das quais gloriar-nos, nem por isso sua salvação é diminuída; na verdade, é aumentada. Quão maravilhoso isto é!
Oro para que você seja movido pelo amor de Deus e venha a ele com fé, confessando: "Ó Deus, verdadeiramente sou pecador. Sei que as minhas obras nada são à tua vista. Peço-te que me recebas e me salves agora por amor da morte substitutiva de meu Senhor e Salvador Jesus Cristo."
"O que vem a mim", disse Jesus, "de modo nenhum o lançarei fora" (João 6:37).

Daniel e seu Tempo- Sir Robert Anderson

Extraído do Livro " O Principe que há de vir"
Voce pode baixar esse livro aqui no filho Varão

"O profeta Daniel". Ninguém pode ter um título maior junto ao seu nome, pois foi assim que o Messias se referiu a ele. Todavia, o grande Príncipe do Cativeiro certamente não o teria usado. Isaías, Jeremias, Ezequiel e os demais, "falaram inspirados pelo Espírito Santo" [2 Pedro 1:21] mas Daniel não proferiu essas palavras "que saíram da boca de Deus". Como o "discípulo amado" nos tempos messiânicos, ele teve visões e registrou o que viu. A grande predição das setenta semanas foi uma mensagem entregue a ele por um anjo, que falou com ele como um homem fala com outro homem. Um estranho à dieta de um profeta e às vestimentas de um profeta, ele viveu no meio de todo o luxo e pompa de um palácio oriental. Próximo ao rei, ele era o homem mais importante no maior império da antigüidade; e não foi até o fim de uma longa vida como estadista que ele recebeu as visões registradas nos capítulos finais de seu livro.
Para compreender essas profecias corretamente, é essencial que os principais eventos da história política dos tempos sejam mantidos à vista.
O verão da glória nacional de Israel foi tão curto quanto brilhante. O povo nunca aquiesceu no coração com o decreto divino que, ao distribuir as dignidades tribais, confiou o cetro à casa de Judá, ao mesmo tempo em que determinou o direito de primogenitura para a família favorita de José; e seus mútuos ciúmes e feudos, embora mantidos em xeque pela influência pessoal de Davi, e o esplendor muito maior do reinado de Salomão, produziram uma divisão nacional com a ascensão de Reoboão. Ao se revoltar contra Judá, os israelitas também apostataram de Deus e, esquecendo-se da adoração a Jeová, caíram em flagrante e aberta idolatria. Após dois séculos e meio sem uma única passagem brilhante em sua história, eles foram levados em cativeiro para a Assíria; e quando Daniel nasceu, um século já tinha transcorrido desde a data de sua extinção nacional.
Judá ainda reteve uma independência nominal, embora, na verdade, a nação já tivesse caído em um estado de profunda vassalagem. A posição geográfica de seu território a marcava para esse destino. Vivendo na metade do caminho entre o Nilo e o Eufrates, a suserania na Judéia tornou-se inevitavelmente um teste pelo qual seus antigos inimigos além da fronteira do sul, e o império que o gênio de Nabopolassar estava então formando no norte, testariam as reivindicações de supremacia. O profeta nasceu exatamente no mesmo ano que é reconhecido como a época do Segundo Império Babilônio. Ele ainda era um menino quando ocorreu a fracassada invasão do faraó Neco à Caldéia. Naquela luta, seus parentes e o soberano, o bom rei Josias, apoiaram a Babilônia; Josias não somente perdeu a vida, mas comprometeu ainda mais o destino de sua casa real e a liberdade de seu país. [2 Reis 23:29; 2 Crônicas 35:20]
Mal terminou a lamentação pública por Josias, quando o faraó, em sua marcha de volta ao Egito, apareceu diante de Jerusalém para confirmar a suserania, impor uma pesada tributação sobre a terra e definir a sucessão do trono. Jeoacaz, um jovem filho de Josias, tinha sido coroado após a morte de seu pai, mas foi deposto pelo faraó em favor de Eliaquim, que sem dúvida alguma se recomendou ao soberano do Egito pelas mesmas qualidades que talvez tinham induzido seu pai a preteri-lo. Faraó alterou o nome dele para Jeoiaquim e o estabeleceu no reino como um vassalo do Egito. [2 Reis 23:33-35; 2 Crônicas 36:3,4]
No terceiro ano após esses eventos, Nabucodonosor, príncipe real de Babilônia, partiu em uma expedição de conquista, chefiando os exércitos de seu pai e, ao entrar na Judéia, exigiu a submissão do rei de Judá. Após um cerco sobre o qual a história não dá muitos detalhes, ele capturou a cidade e tomou o rei como prisioneiro de guerra. Entretanto, Jeoiaquim reconquistou sua liberdade e seu trono prometendo aliança a Babilônia; de modo que Nabucodonosor se retirou sem tomar despojos, exceto uma parte dos vasos sagrados do templo, que transportou para a casa de seu deus, e sem cativos, exceto alguns poucos jovens da semente real de Judá, Daniel entre eles, a quem Nabucodonosor selecionou para adornar sua corte como príncipes vassalos. [2 Reis 24:1; 2 Crônicas 36:6,7; Daniel 1:1-2] Três anos mais tarde, Jeoiaquim se rebelou; mas, embora durante o restante de seu reinado seu território tenha sido freqüentemente invadido por tropas de caldeus, cinco anos se passaram antes que os exércitos de Babilônia retornassem para impor a conquista da Judéia.
Joaquim, um jovem de dezoito anos, que tinha acabado de suceder ao trono, rendeu-se imediatamente com sua família, criados e oficiais [2 Reis 24:12] e uma vez mais Jerusalém ficou à mercê de Nabucodonosor. Em sua primeira invasão ele tinha se mostrado magnânimo e leniente, mas agora tinha de não apenas afirmar a supremacia, mas punir a rebelião. Destarte, ele saqueou a cidade de tudo o que tinha valor e transportou os tesouros para Babilônia, não deixando nada para trás, "senão o povo pobre da terra." [2 Reis 24:14]
O tio de Joaquim, Zedequias, foi deixado como rei ou governador da cidade despojada e despovoada, tendo jurado por Jeová aliança ao suserano. Esse foi o "cativeiro do rei Jeoiaquim", de acordo com a era do profeta Ezequiel, que estava ele mesmo entre os cativos [Ezequiel 1:2]
A servidão a Babilônia tinha sido predita já nos dias de Ezequias [2 Reis 20:17] e após o cumprimento da profecia de Isaías a seu respeito, Jeremias foi encarregado com uma mensagem divina de esperança aos cativos, que após setenta anos serem cumpridos, eles seriam restaurados à sua terra. [Jeremias 29:10] Mas enquanto o exilados estavam assim confortados com as promessas de bem, o rei Zedequias e o "restante de Jerusalém que ficou na terra" foram advertidos que a resistência ao decreto divino que os sujeitava ao jugo de Babilônia traria sobre eles julgamentos muito mais terríveis que qualquer um deles tinha conhecido. Nabucodonosor retornaria para destrui-los totalmente e fazer de toda a terra "um deserto e um espanto" [Jeremias 24:8-10; 25:9; 27:3-8] No entanto, falsos profetas se levantaram para alimentar a vaidade nacional predizendo a rápida restauração da sua independência [Jeremias 28:1-4] e, a despeito das solenes e repetidas advertências de Jeremias, o fraco e ímpio rei foi enganado pelo testemunho desses falsos profetas e, tendo obtido a promessa de apoio militar do Egito, [Ezequiel 17:15], ele abertamente se rebelou.
Conseqüentemente, os exércitos dos caldeus mais uma vez cercaram Jerusalém. Os eventos parecem a princípio justificar a conduta de Zedequias, pois as forças egípcias vieram apressadamente em seu auxílio, de modo que os babilônios foram compelidos a levantar o cerco e se retirar da Judéia. [Jeremias 37:1,5,11] Entretanto, esse sucesso temporário dos judeus serviu apenas para exasperar o rei de Babilônia e para tornar o destino deles mais terrível do que a última vez que ele tinha tomado a cidade. Nabucodonosor determinou infligir um castigo exemplar à cidade rebelde e a seus habitantes e, colocando-se como chefe de todas as forças de seu império, [2 Reis 25:1; Jeremias 34:1] ele mais uma vez invadiu a Judéia e cercou a cidade santa.
Os judeus resistiram com o fanatismo cego que a falsa esperança inspira; este é um sinal de prova da força natural da antiga Jerusalém, que por dezoito meses [2 Reis 25:1-3] manteve os inimigos à distância, e cedeu no fim à fome e não à força. O local foi então entregue ao fogo e à espada. Nabucodonosor "matou os seus jovens à espada, na casa do seu santuário, e não teve piedade nem dos jovens, nem das donzelas, nem dos velhos, nem dos decrépitos; a todos entregou na sua mão. E todos os vasos da casa de Deus, grandes e pequenos, os tesouros da casa do SENHOR, e os tesouros do rei e dos seus príncipes, tudo levou para Babilônia. E queimaram a casa de Deus, e derrubaram os muros de Jerusalém, e todos os seus palácios queimaram a fogo, destruindo também todos os seus preciosos vasos. E os que escaparam da espada levou para Babilônia; e fizeram-se servos dele e de seus filhos, até ao tempo do reino da Pérsia. Para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da assolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram." [2 Crônicas 36:17-21]
Como Deus tinha tratado com os pais deles por quarenta anos no deserto, assim por quarenta anos este último julgamento foi retardado "porque se compadeceu do seu povo e da sua habitação." [2 Crônicas 36:15] Por quarenta anos a voz do profeta não ficou em silêncio em Jerusalém. "Eles, porém, zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e mofaram dos seus profetas; até que o furor do SENHOR tanto subiu contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve."
Esta é a descrição do cronista sagrado da primeira destruição de Jerusalém, rivalizada em tempos posteriores pelos horrores do evento sob o efeito do qual ela ainda está prostrada, e destinado a ser superado em dias ainda por vir, quando as predições da suprema catástrofe de Judá serão cumpridas.
Notas de Rodapé do Capítulo 2
Acredito que minha crença no caráter divino do livro de Daniel parecerá bem clara nestas páginas. A distinção que desejo marcar aqui é entre profecias que os homens foram inspirados para proferir e as profecias como as de Daniel e João, que foram meramente os recipiendários da revelação. Com esses, a inspiração começou no registro que eles receberam.
Citar Daniel 1:12 em oposição a isso envolve um óbvio anacronismo. A palavra "pulse", além disso, no hebraico aponta geralmente para comida vegetal, e incluiria um prato tão apetitoso quanto aquele pelo qual Esaú vendeu seu direito de primogenitura (compare Gênesis 25:34). Comer carne da mesa dos gentios teria envolvido uma violação da lei; portanto, Daniel e seus companheiros tornaram-se vegetarianos.
"Porque Judá foi poderoso entre seus irmãos, e dele veio o soberano; porém a primogenitura foi de José." [1 Crônicas 5:2]
A divisão do reino ocorreu em 975 AC, o cativeiro na Assíria ocorreu em 721 AC.
625 AC.
Berosus assevera que essa expedição ocorreu durante a vida de Nabopolassar (Josefo, Apiom, 1. 19), e a cronologia prova isso. Veja no Apêndice 1 as datas desses eventos e a cronologia do período.
2 Reis 24:1-2. De acordo com Josefo (Ant., 10. 6 Cap. 3) Nabucodonosor na sua segunda invasão encontrou Jeoiaquim ainda no trono e foi ele quem o sentenciou à morte e fez Joaquim rei. Ele diz que o rei de Babilônia logo depois tornou-se desconfiado da fidelidade de Joaquim, e novamente retornou para destroná-lo e colocar Zedequias no trono. Essas afirmações, embora não absolutamente inconsistentes com 2 Reis 24, são tornadas improváveis por comparação. Elas são adotadas pelo cônego Rawlinson, em Five Great Monarchies (vol 3, pg 491), mas o Dr. Pusey adere à narrativa das Escrituras (Daniel, pg 403).
2 Crônicas 36:16. Sem dúvida, esse período são os quarenta anos do pecado de Judá, especificados em Ezequiel 4:6; Jeremias profetizou a partir do décimo terceiro ano de Josias (627 AC) até a queda de Jerusalém no décimo primeiro ano de Zedequias (587 AC). Veja Jeremias 1:3 e 25:3. Os 390 anos do pecado de Israel, de acordo com Ezequiel 4:5, parecem ter sido considerados a partir da data da promessa de bênçãos às dez tribos, feitas pelo profeta Aías a Jeroboão, presumivelmente no segundo ano antes da divisão, isto é, em 977 AC (1 Reis 11:29-39).
Os horrores do cerco e da captura de Jerusalém por Tito superam tudo que a história registra de eventos similares. Josefo, que foi ele mesmo uma testemunha deles, narra-os em todos seus horríveis detalhes. Sua estimativa do número de judeus que pereceram em Jerusalém é de 1.100.000. "O sangue corre gelado e o coração adoece diante desses horrores sem paralelos; e tomamos refúgio em um tipo de esperança desesperada que eles têm sido exagerados pelo historiador." "Parece até que Jerusalém é um lugar sob uma maldição peculiar; ela provavelmente testemunhou uma porção muito maior de miséria humana do que qualquer outro lugar no mundo". - MILMAN, Hist. Jews.

Sede de Deus- Madame Guyón

Todos podem orar, mas muitos têm a falsa idéia de que não fomos chamados à oração. Saibam disso, da mesma maneira que fomos chamados à salvação, semelhantemente, o fomos à oração. A Bíblia nos diz que devemos orar sem cessar. Podemos ver isso em I Tessalonicenses 5:17 que diz: “Orai sem cessar”. A oração nada mais é do que voltar nosso coração a Deus, e receber Dele, o seu amor.
Meditar na Palavra de Deus em oração é muito bom, mas não são todos que têm este conhecimento. Para os que estão buscando a salvação, Deus não exige a oração meditativa, tampouco eu recomendaria tal coisa a você.
Você está sedento das águas vivas que Jesus prometeu em João 7:37 onde diz: “...Se alguém tem sede, venha a mim e beba?” Você está cansado de sentir-se como uma cisterna quebrada que não pode conter água? Jeremias 2:13 diz: “porque dois males cometeu meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rôtas, que não retêm água.” Então, venham almas famintas, venham e sejam saciadas. Venham e tragam sua aflição, dor e miséria e sejam consoladas. Venham aqueles que estão doentes e cheios de enfermidades; e serão curados! Venham para perto de seu Pai que quer abraçá-los com seus braços amorosos. Venham os pobres, as ovelhas desgarradas e voltem ao seu Pastor. Venham pecadores ao seu Salvador! Venham os incultos nas coisas espirituais, aqueles que não são capazes de orar! Que todas as pessoas, sem exceção, venham, porque Jesus Cristo chamou-as todas. Aqueles que ainda não têm um coração arrependido, não precisam vir. É necessário para esse chamamento um coração de humildade diante Dele para receber o seu grandioso amor. Venham e ofereçam seus corações a Deus e aprendam as estradas e os caminhos da oração!
Mas, para os que têm o desejo, é fácil orar. O Espírito Santo habilitou homens comuns para fazer orações poderosas por meio de seus dons e de sua graça.
A oração pode lhe ajudar a alcançar a perfeição, porque o manterá na presença de Deus. Gênesis 17:1 diz: “Quando Abraão atingiu a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o Jeová, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-poderoso: anda na minha presença e sê perfeito”.
Nós somos levados à Sua presença e permanecemos lá sem interrupção, graças à oração. Só há um requisito para que isso deva continuar ininterruptamente: não deverá haver interferências de ações externas. Isto deve ser posto em prática por príncipes, reis, pais, soldados, crianças e trabalhadores. Devemos aprender a orar com o coração e não com a razão, pois a mente do homem é tão limitada que só consegue pôr em foco uma coisa de cada vez. Mas a oração que sai do coração não pode ser interrompida pela razão. Nada pode interromper esta oração a não ser um sentimento confuso.
Quando você desfruta de Deus e da doçura do Seu amor, poderá ver que é impossível pôr a sua mente em qualquer outra coisa que não seja Nele mesmo. Eu descobri que é fácil estar na presença de Deus. O desejo Dele de estar perto de nós é infinitamente maior do que o nosso desejo de buscá-lo. Ele quer se dar a nós em muito maior intensidade do que o nosso desejo em recebê-lo. É necessário somente aprender como buscar a Deus e isso é mais fácil e mais natural do que respirar.
Oh, amados! Não pensem que vocês são incapazes. Por meio da oração você pode viver na presença de Deus, sem nenhum esforço, da mesma forma que você convive com o ar que agora está respirando.
Não é pecado ser negligente com a oração? Você não tem que viver pecando, uma vez que estamos aprendendo este método simples de orar. Vamos preparar nosso coração à medida que começarmos a estudar a oração.

Reivindicando o Poder que há em Cristo- David Wilkerson

Ao passar as Suas últimas horas com os discípulos, Jesus lhes diz: "Em verdade, em verdade vos digo, se pedirdes alguma cousa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome" (João 16:23). E então acrescenta: "Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa" (16:24).Que declaração incrível. A cena se desenvolve e Cristo avisa Seus seguidores de que está partindo, e que não os veria por um curto tempo.Ainda assim, no mesmo esforço de voz lhes assegura que tinham acesso à toda bênção dos céus. Tudo que teriam de fazer era pedir em Seu nome.Ora, a maioria dos comentadores bíblicos diz que tal promessa não se aplicava aos discípulos ainda. Sustentam que os discípulos não podiam pedir nada no nome de Cristo enquanto Ele não deixasse a terra, e fosse estar na presença do Pai.Mas as escrituras sugerem diferente. O exemplo mais claro é o do desconhecido que operou obras poderosas no nome de Jesus. Os discípulos tentaram parar esse homem porque ele não era do seu círculo. João comunica a Jesus: "Mestre, vimos um homem que, em teu nome, expelia demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não seguia conosco" (Marcos 9:38).Como Jesus respondeu a isso? "Jesus respondeu: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e, logo a seguir, possa falar mal de mim. Pois quem não é contra nós é por nós" (9:39-40). Cristo reconheceu o homem como sendo "comigo, do nosso lado".Tal pessoa não era do círculo íntimo de Jesus, contudo mesmo assim era capaz de realizar milagres em nome do Senhor. Ao fazê-lo, declarava que todo o poder estava no nome de Cristo. Que coisa impressionante. Esse homem não gozava de intimidade pessoal com Jesus, como os doze. E nem tinha as grandes revelações que os discípulos tinham. Ele provavelmente era apenas um dentre as multidões a quem Jesus ensinou do alto dos montes, ou junto ao mar.Mas tal homem obviamente era um apaixonado por Jesus. Por que? Porque se apropriou das promessas de Cristo, e agiu sobre elas. E milagres aconteceram. Ele também deveria ser um homem de oração e jejum. Afinal de contas, Jesus apontou que os demônios são expelidos só com oração e jejum.Nesse aspecto, esse homem desconhecido se põe em total contraste com os discípulos de Jesus. Os doze haviam aprendido pessoalmente com Jesus a bater (à porta), buscar, pedir as coisas de Deus. Aprenderam em primeira mão que todas as bênçãos do Pai - toda a graça, o poder e a força - são encontradas em Jesus. E tinham ouvido Jesus dizendo às multidões: "Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma cousa em meu nome, eu o farei" (João 14:12-14).Cá estava pelo menos um homem que seguiu as palavras de Jesus. Ele reivindicou a promessa de Jesus, e a sua fé foi honrada por Deus. Ele tinha a expectativa de o Senhor realizar milagres através dele, tudo em nome de Jesus Cristo. É por isso que Jesus agora diz a João e aos outros: "Até agora, vocês nada pediram em Meu nome. Então, peçam e receberão. E a sua alegria será completa" (v. 16:24). Ele estava dizendo: "Peçam já. Não fiquem esperando chegar uma outra hora. E não tentem esclarecer isso teologicamente. Entendam: o Meu nome tem poder sobre o diabo. E vocês têm esse poder, porque estão em Mim. Peçam, e o Pai o fará".
Em Face de Todo o Poder e de Todos os Recursos Que Temos em Cristo,
a Maioria dos Crentes Não Tem Pedido Quase Nada em Seu Nome
As palavras de Cristo aos discípulos me convencem: "Nada tendes pedido em meu nome" (João 16:24). Quando leio isso, ouço o Senhor cochichando: "David, você não tem reivindicado o poder que lhe deixei disponível. Você simplesmente precisa pedir em Meu nome".Cá está o que creio entristeça mais o coração de Deus do que todos os pecados da carne juntos. O nosso Senhor é afligido pela crescente falta de fé em Suas promessas...pelas dúvidas cada vez maiores quanto a se Ele responde as orações ou não...e por um povo que reivindica cada vez menos o poder que está em Cristo.O mundo jamais conheceu uma época mais necessitada. Contudo há menos petições do que nunca em nome de Jesus. Com o passar do tempo, os cristãos estão pedindo cada vez menos do Senhor. Estão com medo de darem um passo à frente, geralmente devido à incredulidade. Por isso pedem pouco ou nada em Seu nome.Devo fazer a minha própria confissão. Tal como os discípulos, eu oro, jejuo, desfruto de intimidade com Cristo. Amo devorar a palavra de Deus, e me agarrar a Ele em oração. Mas me pergunto: qual o significado dessas coisas, se não produzirem fé em meu sublime Senhor? Eu me maravilho diante da majestade, da glória e do poder de Deus. Mas será que ajo em cima disso? Tenho íntima comunhão com o Senhor. Mas será que o meu tempo com Ele me fortalece da autoridade divina, me deixa ávido por reivindicar todo o poder em Seu nome?É impressionante o quão fielmente a igreja se refere ao nome de Cristo. Nós o louvamos, o bendizemos, cantamos do "poder que opera maravilhas no bendito nome do Senhor". Tememos esse nome, nos glorificamos nele, gostamos de ouvi-lo citado. Mas não nos apropriamos do poder que está em Seu nome. Não o reivindicamos, nem agimos a partir dele.E por que não? Por que todo crente não impõe as mãos sobre os doentes e reivindica o poder curador que está no nome de Cristo? Por que não intercedemos em Seu nome pelo despertamento espiritual de nossos filhos, familiares, amigos? Por que Satanás recebe tão pouca oposição de nós?Será que alguma vez foi da vontade de Deus permitir que o inimigo destruísse nossos lares e casamentos?A Bíblia diz que nestes últimos tempos, o diabo cairá sobre a humanidade "cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta" (Apocalipse 12:12). A minha pergunta é: esse diabo furioso encontrará uma igreja passiva, manquitolando? Será que encontrará um povo fiel que exalta o nome de Cristo, mas que não resiste ao inimigo pelo poder que está nesse nome? Encontrará ele um povo de Deus que desistirá facilmente, dizendo: "Cheguei ao máximo que eu podia chegar. Agora sou obrigado a ficar assim até que o Senhor volte"?Não, nunca! Não temos de aceitar o que o diabo está dando. Não temos de ceder a seus ataques, ter medo dele, ou temer o futuro. Nas últimas semanas tenho fervido por dentro com ira santa contra Satanás e os seus poderes. A leitura das palavras de Jesus incendiaram a minha alma me fazendo levantar e dizer: "Chega, diabo. Vou contra você com todo o poder em nome de Jesus. Estou lhe avisando. Você pode convocar as hordas do inferno, porque vou resistir a cada um de seus ataques. E a palavra de Deus diz que você fugirá".Satanás pode tentar trazer um dilúvio de aflições para dentro da minha vida. Ele pode atacar a minha família e os meus queridos. Mas cada dilúvio demoníaco será enfrentado por uma liberação do poder de Cristo.O inimigo pode mandar demônio atrás de demônio. Mas cada um deles se chocará contra a inabalável parede que é o todo-poderoso nome de Jesus Cristo.
Temos de Remover Todos os Limites Que Colocamos em Deus
Isso é ilustrado de maneira muito vívida em Atos 3. No versículo 1, Pedro e João iam para o templo orar. Isso era seu hábito diário. E todos os dias, eles passavam por um homem que se assentava à porta do templo mendigando. O homem era coxo de nascença.Mas esse dia seria diferente de todos os outros. Desta vez, quando os apóstolos viram o mendigo, uma raiva santa caiu sobre eles. Eles viram que Satanás permanecia sem ser desafiado na vida daquele homem por muito tempo. Estava na hora de homens de Deus cheios do Espírito se apropriarem do poder em nome de Cristo."Pedro, fitando-o, juntamente com João, disse: Olha para nós...Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou" (Atos 3: 4,6). Pedro estava dizendo: "Possuímos algo muito melhor do que todo ouro e toda prata do mundo. O que nós temos é muito maior do que todos os médicos e remédios da terra. Estou falando do poder que está no nome de Jesus Cristo. Nós o temos, e o damos a você".E assim, Pedro diz: "Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda! E, tomando-o pela mão direita, o levantou...de um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo, saltando e louvando a Deus" (3: 6-8).A multidão vendo isso ficou assombrada. Perguntaram aos apóstolos o que estava acontecendo. Pedro explicou: "Pela fé em o nome de Jesus, é que esse mesmo nome fortaleceu a este homem que agora vedes e reconheceis; sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a este saúde perfeita na presença de todos vós" (3:16). Pedro estava basicamente dizendo: "Vocês conhecem esse homem há anos, e sabem que ele nasceu coxo. E agora querem saber como ele é capaz de pular e dançar. É por causa do nome de Jesus Cristo. É pelo poder no nome de Cristo que este homem foi curado, e por nenhum outro nome".Note a expressão que Pedro usa para descrever o novo estado do homem: "saúde perfeita". Não importa o quanto a nossa luta pareça terrível ou desesperadora. Deus nos forneceu "saúde perfeita" em meio à ela. E essa saúde perfeita - concedida através do nome de Jesus Cristo - vai repelir todo dardo do inimigo.Quando os oficiais do templo ouviram o que tinha acontecido, prenderam Pedro e João. E no dia seguinte, levaram os discípulos a julgamento. O sumo sacerdote exige que respondam "com que poder ou em nome de quem fizestes isto?" (4:7). Mais uma vez Pedro declara: "Tomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, de que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado perante vós" (4:10).Eu lhe pergunto: como esses homens simples e humildes foram capazes de falar com tanta ousadia, com tanta confiança? Foi porque Pedro e João haviam removido todos os limites em Deus. Eles estavam dizendo em essência: "Não vamos limitar o Santo de Israel em nenhuma situação".Eles pronunciaram fé prevalecente em relação à vida do aleijado. E nunca poderiam ter feito isso a menos que verdadeiramente cressem nas palavras de Jesus: "Se pedirdes alguma cousa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome" (João 16:23). Os discípulos sabiam que quando Jesus disse "algumacousa" Ele estava tornando a promessa ilimitada. Cristo estava dizendo, "Todas as coisas que pedirem ao Pai em Meu nome, Ele lhes dará".Devemos seguir o exemplo de Pedro e de João. Nós também devemos crer que todas as coisas são possíveis. E devemos remover todos os limites que colocamos em Deus para operar em nossas vidas.
Reivindicar o Poder no Nome de CristoNão é Uma Verdade Teológica Complicada e Oculta
Em minha biblioteca há livros escritos unicamente sobre o assunto do nome de Jesus. Os autores os escreveram para ajudar os crentes a entender as profundas implicações ocultas no nome de Cristo. Porém a maioria destes livros é tão "profunda", que não alcança a mente dos leitores.Acredito que a verdade a ser conhecida sobre o nome de Jesus é tão simples, que uma criança poderia entendê-la. É simplesmente essa: quando fazemos nossas petições em nome de Jesus, devemos estar plenamente persuadidos de que é como se o próprio Jesus estivesse pedindo ao Pai. Como pode ser isso? pergunta-se. Explico.Sabemos que o Pai amou o Filho. Ele falou com Jesus e O ensinou durante Seu tempo na terra. E Deus não somente ouviu como também respondeu todo pedido que Seu Filho fez. Jesus testifica isso, dizendo, "Ele sempre me ouve". Encurtando, o Pai nunca negou pedido algum ao Filho.Hoje, todos os que crêem em Jesus estão revestidos de Sua filiação (ao Pai). E o Pai celestial nos recebe tão intimamente quanto recebe o Seu próprio Filho. Por que? É por causa de nossa união espiritual com Cristo. Através de Sua crucificação e ressurreição, Jesus nos tornou umcom o Pai. "A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós...eu neles, e tu em mim" (João 17:21,23).Simplificando, agora somos uma família - um com o Pai, e um com o Filho. Fomos adotados, com os plenos direitos de herança que todo filho possui. Isso quer dizer que todo o poder e todos os recursos do céu se tornaram disponíveis a nós, através de Cristo.E, porque estamos revestidos da filiação de Cristo - herdeiros com Ele, co-participantes de Sua herança - sabemos que os nossos pedidos também são ouvidos pelo Pai. E Ele responde nossos pedidos, assim como respondeu aos do Filho.Que autoridade inacreditável nós recebemos na oração. Como, exatamente, usamos essa autoridade? Através do nome do próprio Cristo. Veja, quando pusemos a nossa fé em Jesus, Ele nos deu o Seu nome. O Seu sacrifício nos capacita a dizer: "Sou de Cristo, estou n'Ele, sou um com Ele".Então, surpreendentemente, Jesus recebeu o nosso nome. Como nosso sumo sacerdote, Ele o escreveu na palma da Sua mão. E então o nosso nome está registrado no céu, sob o Seu glorioso nome.Você pode ver porque a expressão "em nome de Jesus" não é apenas uma fórmula impessoal. Antes, é uma posição literal que temos com Jesus. E esta posição é reconhecida pelo Pai. Jesus nos diz: "Naquele dia, pedireis em meu nome; e não vos digo que rogarei ao Pai por vós. Porque o próprio Pai vos ama, visto que me tendes amado e tendes crido que eu vim da parte de Deus" (João 6:26-27).Eis porque Jesus nos ordena a orar em Seu nome. Ele está dizendo: "Toda vez que você pede em Meu nome, o seu pedido tem a mesma força e efeito com o Pai quanto se Eu estivesse pedindo". Em outras palavras, é como se a nossa oração estivesse sendo pronunciada pelo próprio Jesus diante do trono de Deus. Igualmente, quando impomos as mãos sobre os enfermos e oramos, Deus nos vê como se Jesus estivesse impondo as mãos sobre esses doentes para levá-los à cura.É por isso também que devemos ir ousadamente ao trono da graça: para receber. Devemos orar confiantemente: "Pai, estou diante de Ti, escolhido em Cristo para ir e dar fruto. Agora faço amplamente a minha petição, para que a minha alegria possa ser completa".
Ouço Muitos Cristãos dizendo: "Eu Pedi em Nome de Jesus,Mas Minhas Orações Não Foram Respondidas"
Esses crentes declaram: "Tentei clamar o poder em nome de Jesus. Mas isso simplesmente não funcionou para mim". Há muitas razões pelas quais não recebemos respostas à nossas orações. Podemos ter permitido algum pecado em nossa vida, algo que contamina a nossa união com Cristo. Isso se torna um bloqueio que detém o fluxo de bênçãos da parte dEle. E Ele não responderá nossas orações enquanto não abandonarmos o pecado.Ou, talvez o bloqueio seja devido à mornidão, ou a um coração dividido em relação às coisas de Deus. Talvez estejamos sendo sufocados pela dúvida, que corta a nossa ligação com o poder em Cristo. Tiago previne: "Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma cousa" (Tiago 1:6,7).Recebi uma carta há pouco de uma viúva cuja filha adolescente está afundada em pecado. Essa mãe diz que a filha foi no passado uma crente fiel, mas agora está presa às drogas e morando com o namorado. Por que essa queda terrível? O pai da garota teve câncer, e ela orou "Deus, não deixe meu pai morrer". Quando o pai faleceu, a menina fugiu o mais longe que podia do Senhor. Ela disse à mãe: "Dei uma chance a Deus. Eu orei com fé, em nome de Jesus. Mas Ele deixou papai morrer".Uma vez sentei-me ao lado de uma senhora em um avião, e ela estava em lágrimas. Disse-lhe que era ministro, e perguntei se eu podia ajudar. Ela respondeu, "Acabei de enterrar o meu pai. Ele era um homem tão bom, a pessoa mais amorosa que já conheci. Orei pedindo que Deus o deixasse viver. Me diga, como que um Deus amoroso pode deixar que um homem bom como o meu pai morra? Não quero falar sobre Deus de jeito nenhum".O nosso ministério recebe dezenas de cartas contendo histórias iguais à essa. Vez após outra, lemos palavras nesse sentido: "Orei com fé, crendo em Deus. Mas Ele não me ouviu. Esperei e esperei, mas Ele nunca respondeu. Não dá pra dizer que a oração funciona. Como posso render minha vida a Deus se Ele não responde minha oração?".Talvez você se identifique com esses sentimentos. Você pode olhar para o passado numa situação quando orou com determinação e fidelidade - talvez pela cura de um ente querido, ou por um problema pessoal. Mas não veio resposta alguma. Você concluiu: "Deus não responde as orações. Se Ele chegou a ouvir a minha prece, eu não fiquei sabendo - porque Ele não fez o que pedi".Talvez você não esteja bravo com Deus. Mas perdeu a confiança. Alguma coisa faz com que você não submeta o seu coração inteiramente a Ele. E assim parou de orar. Você não goza mais da plenitude das Suas bênçãos.Tiago deixa claro: "O que tem dúvida não recebe nada de Deus". A palavra que Tiago usa para "o que duvida" significa não resolvido. A verdade é que quando essas pessoas fazem suas petições, elas põem Deus sob julgamento. No coração elas dizem: "Senhor, se me responder, vou Lhe servir. Lhe darei tudo se o Senhor responder pelo menos essa oração. Mas se não responder, vou viver minha própria vida".Mas Deus não será subornado. Ele conhece os nossos corações, e sabe quando não estamos resolvidos em nosso comprometimento com o Seu Filho. Ele reserva o poder que está em Cristo para aqueles que se submeteram a Jesus inteiramente.João 14 contém duas promessas grandiosas. Na primeira, Jesus declara: "Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma cousa em meu nome, eu o farei" (João 14:12-14). Jesus deixa a coisa simples no último versículo: "Peça qualquer coisa em Meu nome, e Eu o farei para você".Dois versos adiante, Jesus promete: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros" (14:16-18). Aqui Cristo está dizendo: "Vos darei o Espírito da Verdade. E o poder dEle habitará em vós".Essas promessas de Jesus são incríveis. Mas veja o versículo que está entre elas: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (14:15). Por essa declaração aparece aqui? Cristo está nos dizendo: "Há uma questão de obediência conectada à estas promessas". Resumindo, ambas as promessas têm a ver com a guarda e a obediência à palavra de Deus. Elas foram dadas para serem cumpridas, com nada nos impedindo de reivindicar o poder que está em Cristo.
Estou Convencido de Que Pedir Pouco ou Nada em Nome de JesusÉ Uma Reprimenda a Ele
Ano após ano, muitos cristãos buscam cada vez menos. No fim, se fixam na salvação de Cristo apenas. Não têm nenhuma expectativa senão a de chegar ao céu algum dia.Eu lhe pergunto: você chegou ao fim do seu Cristo? Você espera alguma coisa além de ser salvo pelo Seu poder e Sua graça? O seu Cristo acaba assim que Ele lhe fornece a capacidade para agüentar mais um dia? Ele acaba para você naquele momento de uma paz ou alegria ocasional, numa vida vivida na maior parte sob o assédio de Satanás?Todas estas passagens da palavra de Deus me convencem de que o "meu" Jesus não é maior do que os meus pedidos. E, tristemente, muitos crentes fazem Cristo parecer insignificante e sem poder devido à sua incredulidade. Amado, não quero que o meu Cristo seja limitado. Pelo contrário, desejo que todos os demônios do inferno saibam o quanto o meu Deus é grande pela grandeza dos meus pedidos. Eu quero mais daquilo que provém do meu Cristo. Quero que Ele seja maior do que nunca em minha vida.Eis a fé real: ela leva em conta todos os problemas e dores do povo de Deus por todo o mundo, toda situação de desespero, todas as viúvas, órfãos e idosos crentes que lutam pela sobrevivência. A fé coloca todas estas coisas tristes numa balança, e a observa descer. Mas aí a fé coloca Cristo no outro lado da balança. E se rejubila ao ver como Ele sobrepuja todos os pecados e aflições deste mundo.Deus jamais pretendeu deixar que o diabo conquistasse os nossos corações e lares. Antes, Ele pretende que façamos uma declaração alto e bom som. Devemos tomar a nossa posição em Cristo, e gritar: "Em nome de Jesus Cristo!". Está na hora de todo crente se levantar e declarar: "Chega de viver todo este tempo com medo. Em nome de Jesus Cristo não vou mais ter medo da morte, do homem ou do diabo. Quero que o mundo veja a insuperável magnificência do meu Cristo, pela grandeza dos meus pedidos. O meu Deus manda que eu peça abundantemente, e eu pedirei. Não há nada que seja difícil demais para Ele!".Eu insisto: apodere-se da palavra de Deus, e creia que Jesus fez estas promessas para você. Elas são as armas da sua guerra, armas que são poderosas através dEle. E se tornarão poderosas em suas mãos quando você se apropriar delas e as reivindicar.

Dorcas;or, Garment-making for the poor.- E. Dennett.

Acts 9: 36-43.

Christian Friend, vol. 8, 1881, p. 22.

Tabitha, or rather Dorcas, has obtained a most unlooked-for notoriety. Almost every church and chapel boast of their "Dorcas Societies;" and "Dorcas" meetings are becoming well known even to those believers who are in professed separation from human systems and organizations. The aim, both in the one and the other, is laudable; and, doubtless, even if the objects of such charity are often not well chosen, the sufferings of many are thus alleviated. Without the slightest intention, therefore, of discouraging such efforts, it may still be well to examine a little the history of Dorcas, and to enquire what instruction therefrom the Spirit of God intended us to apprehend.
It is to be remarked, in the first place, that her activity was not confined to clothing the naked. "This woman was full of good works and almsdeeds which she did." (v. 36.) This is a wonderful epitaph for a saint of God, and with this remarkable distinction from many such epitaphs written by men, that it was recorded by the unerring pen of the Holy Ghost. Her good works - were therefore good works — such as God had before prepared that she should walk in them (Eph. 2: 10), and such, on this account, as could only have been produced in the energy of the Spirit of God. It is profitable to remind ourselves of what is really good works; for while we have been taught the danger of restless activity and occupation with service, and have been led to admire, and to desire to possess, the good part which Mary chose (Luke 10: 42), we would also remember the words of St. Paul: "This is a faithful saying, and these things I will that thou affirm constantly, that they which have believed in God might be careful to maintain good works. These things are good and profitable unto men." (Titus 3: 8.) Philanthropic efforts of many kinds are often dignified with the title of "good works," and are thus calculated to deceive many a simple soul; but. good works, those that are such before God, can only flow from the power of the Holy Ghost, and therefore in accordance with His mind and will. They can thus be wrought only by believers, and only by believers as actuated by divine power, and in subjection to the word of God. "The coats and garments which Dorcas made" (v. 39) were of this class by an infallible verdict.
The "almsdeeds" of Dorcas are recorded as well as her good works; and from the usage of the word (see Matt. 6: 1, 2, 34; Luke 11: 41, 12: 33; Acts 3: 2, 3, 10; Acts 10: 2, 4) there is no reason to doubt that these consisted in the ministration of money or food to those that were in need. The apostle, writing to Timothy, says, "Charge them that are rich in this world, that they be not high-minded, nor trust in uncertain riches, but in the living God, who giveth us richly all things to enjoy; that they do good, that they be rich in good works, ready to distribute, willing to communicate" (there is no foundation whatever for the marginal rendering — "sociable"); "laying up in store for themselves a good foundation against the time to come, that they may lay hold on eternal" (rather, on that which is really) "life." (1 Tim. 6: 17-19.) Dorcas was thus in the spirit of this exhortation. She was rich in good works, and she was ready to distribute, willing to communicate of her substance; for she had learned "the grace of our Lord Jesus Christ, that though He was rich, yet for our sakes He became poor, that we through His poverty might be rich" (2 Cor. 8: 9); and by that same grace she had become His representative in the world. She was a giver, because God, who had brought her to Himself, was a Giver. Knowing therefore that she was not her own, and that whatever she possessed she held only as a steward for Him, to whom she belonged, she placed both herself and her substance at His disposal, and served with both according to His will.
The objects of her charity or ministry are distinctly specified. When Peter had arrived, and had been introduced into the chamber of death, we read that "all the widows stood by him weeping, and showing the coats and garments which Dorcas made while she was with them." It is noteworthy also that these widows are distinguished from the saints. (v. 41.) There may be a reason for this — not to imply that none of these were saints, but rather, as we judge, to show that she laboured for widows as a class, and perhaps, too, in the spirit of the apostolic exhortation, "As we have therefore opportunity, let us do good unto all, especially unto them who are of the household of faith." (Gal. 6: 10.) It may then be concluded that her charitable activities were not solely expended upon believing widows; but, as one who knew the heart and mind of God, she sought to minister to need wherever it might exist, while owning the special claims of the household of faith. Every reader of the Old Testament must have been struck with the constant expression of God's care for the widow and the fatherless (and the two classes must often be found in combination), and James gives a voice to this for us when he says, "Pure religion and undefiled before God and the Father is this, To visit the fatherless and widows in their affliction, and to keep himself unspotted from the world." (James 1: 27.) Paul likewise has given special instructions concerning these two classes. (1 Tim. 5.)
It is thus clear that Dorcas had the mind of God in the special work to which she was devoted. And indeed what service could be more blessed than to clothe the naked and feed the hungry? The Lord Himself, in the judgment of the living nations, when He shall sit on the throne of His glory, specifies these things services rendered to Himself in the person of His "brethren." He says, "I was an hungred, and ye gave me meat . . . naked, and ye clothed me." (Matt. 25: 35, 36.) This, as He explains, done unto one of the least of His brethren, was done to Himself. How unspeakable then the privilege to feed and clothe Christ in the person of one of His members. It is what He has done for us; for the apostle says, "For in this (our tabernacle-house) we groan, earnestly desiring to be clothed upon with our house which is from heaven: if so be that being clothed we shall not be found naked" (that is, without Christ). (2 Cor. 5: 2, 3.) To clothe the naked and to feed the hungry — and He Himself is our food (John 6) — is consequently to act in His own spirit — the existence of the need drawing forth the affections of Christ from the hearts of His people.
A distinct lesson or two for our own guidance may be profitably collected from the whole history, confining ourselves now to that which is specially mentioned — making the coats and the garments.
First, it should be observed that the work of Dorcas was individual. There is not the slightest trace of any association with others. Evidently it was the special service to which the Lord had called her, and to which she willingly yielded herself. Her example cannot, therefore, be cited for anything beyond her individual line of service. Nothing is more blessed in Christian activity than fellowship - fellowship in the Lord. But the great danger of a day like this is association - association with others to obtain an object through the energy of co-operation rather than in the power of the Spirit. Satan often succeeds in this way in arresting even what might have been at the outset the action of the Spirit of God. Thus the Lord has laid some special thought of service upon the heart of one of His people; and instead of going forth to its accomplishment in the power of Him who has called to it, the effort is often made to associate others with it, or even to form a society for the end in view, and immediately the service, even if outwardly prosperous, is on the road to failure. Moses may well be a warning to us on this head. He complained to the Lord that the burden of the people was too heavy for him. The Lord permitted him to have seventy associates; but He took of the Spirit that was on Moses, and put it on them. (Num. 11: 11-17.) Not only was there no gain of power by the association, but enormous loss by the importation henceforward of seventy judgments into every question that had to be decided. No; service is intensely individual; for every servant is individually responsible to the Lord, even in garment-making, and hence cannot afford to subordinate his convictions to those of another, or to seek to walk upon the level (be it higher or lower) of another's faith.
Secondly, this history affords distinct guidance for sisters as to the occupation of their leisure time in their homes, or at least for such as have the means to purchase materials, and capacity to use the needle or the sewing-machine. It is to be noted very especially, that if Dorcas spent any of her time in fancy-work (and we by no means contend that she had not liberty to do so), the results of her labour in such a direction are not mentioned. This will surely be significant to every spiritual mind. It is "the coats and the garments" only that find a place in the word of God — teaching, at least this much, that it is labours of this kind that command the Lord's approbation. This is plain from the fact that Dorcas was raised to life again. Her loss was so keenly felt by the disciples that they sent for Peter, "desiring that he would not delay to come to them." The apostle went, and was permitted to restore her to life; and "when he had called the saints and widows, presented her alive." (v. 41.) Thus the Lord interposed at the cry of His people, and comforted their hearts.
A last instruction may be added — one already obvious from what has been said — viz., that the work of Dorcas was for cases of need. There is some danger, if not watchful, of seeking to gratify ourselves in ministry of a Dorcas character; of expending our efforts upon selected cases, of choosing such as commend themselves to us in one way or another, so that it will often happen that the needs of some of the poor saints are abundantly met, while those of others are almost entirely overlooked. The antidote is to have Christ Himself before us as the object of our ministry, only remembering that, as it was not our merit, but our necessities, that drew forth His heart in service for us, so likewise the only incentive to our loving ministry to His own should be their needs. In other words, all our service must be drawn forth by the constraining love of Christ; for it is possible to bestow all our goods to feed the poor and yet to be without divine charity (1 Cor. 13), and hence without any promptings of the heart of Christ. Christ, therefore, must be the motive; Christ must be the object, and Christ must be expressed in all our service. E. D.

Un Corazón Amplio en Un Camino Estrecho- Christian Briem

El camino de la fe, en el cual los hijos de Dios deben andar según la voluntad de su Señor, está trazado en la Palabra de Dios. Es el mismo camino para todos ellos, pues no es la voluntad del Señor que los suyos, quienes en el cielo estarán unidos con él —“donde yo estoy”, como él lo dijo—, en la tierra sigan caminos diferentes.

Lamentablemente, sabemos que en la realidad no es así. Opiniones personales, diferencias de interpretación de la Palabra, tradiciones humanas y muchas cuestiones de detalle han llevado a los cristianos a dividirse en una multitud de grupos. Y lo más trágico es que esos grupos son cada vez más numerosos. Si bien nuestros padres experimentaban aún la realidad de lo que cantaban («El sendero que debo seguir está distintamente trazado, es claramente visible, pues Jesús lo recorrió antes que yo»), hoy son muchos los que se preguntan angustiados dónde hallar esa claridad. Las posibilidades de adherirse a un grupo cualquiera son demasiado numerosas; muchas corrientes difieren muy poco entre ellas y están muy cerca de lo que la Palabra de Dios nos enseña. También nosotros entonamos aquel mismo cántico porque sabemos que lo que el poeta escribió es siempre cierto para nuestra fe. Pero ¿cómo podemos, con feliz comunión, seguir el mismo camino, ese camino en el cual se tiene la aprobación del Señor? La cuestión sigue planteada y, sin duda, atañe a uno de los asuntos más delicados para los hijos de Dios.

Por tal motivo, el estudio que hemos podido hacer al respecto, tal como lo publicamos en esta obra, no podría ser «elemental». La situación se presenta de tal modo que no lo permite. Sin embargo, pedimos al lector deseoso de enseñanzas sencillas que siga los pensamientos expuestos consultando los versículos que se indican. Dios no dejará sin respuesta al corazón que desea ser esclarecido por su Palabra. De tal modo las líneas se definen y los contornos se despejan: todo es —y debe seguir siendo— la obra de Dios.

Las discusiones sobre aspectos de doctrina a menudo desembocan en la defensa de puntos de vista particulares, cuando correspondería procurar ante todo la gloria del Señor. El autor es consciente de ese peligro; dudaron mucho tiempo antes de publicar estas páginas. No obstante, siente que hacerlo es su deber para con todos aquellos que buscan esclarecimientos y que se formulan preguntas en cuanto a temas que preocupan a hermanos y hermanas. Ayudarles es la finalidad de esta publicación, la que no debe ser considerada como una contribución a estériles discusiones.

¡Ojalá que el Señor nos guarde a todos de realizar un simple intercambio de argumentos y nos dé un corazón más sensible por lo que toca a su gloria! ¡Que él permita que esta exposición incite al lector a examinar cuidadosamente los principios de la Palabra de Dios relativos a cuestiones tan importantes, a fin de realizarlos con corazón fiel!


1. GUARDAR LA UNIDAD DEL ESPÍRITU

Deseamos tratar un tema de capital importancia en el tiempo en que vivimos, a saber: ¿Cómo, en una época caracterizada por tantas divisiones entre los hijos de Dios, pese a todo se puede proseguir con dichosa comunión un mismo camino, en el cual se tenga la aprobación de Dios? Esta pregunta se relaciona con uno de los temas más delicados entre los cristianos. En efecto, más que toda otra, ella progresivamente ha dado lugar a interpretaciones de la verdad cristiana que están en flagrante contradicción con los pensamientos de Dios. Todo hijo de Dios coincide, con mayor o menor certeza, en que los rescatados por el Señor deberían seguir el mismo camino. En todo caso, en el cielo todos serán perfectamente uno, ya que no habrá más divisiones. Pero basta echar una mirada a la cristiandad para comprobar con dolor que la unidad de los creyentes, tal como Dios la hizo en un principio, está completamente destruida a los ojos del mundo.

¿Qué conviene hacer frente a tal evolución? ¿Dios nos deja sin respuesta, sin socorro? ¡Por cierto que no! La Palabra de Dios nos proporciona respuesta para todas nuestras preguntas, comprendida la que nos ocupa. En aquélla se nos muestra un camino en el cual podemos andar, incluso en tiempos de la más grande ruina.

La epístola a los Efesios no considera la ruina de la cristiandad. Más bien expone el consejo de Dios respecto de Cristo y la Asamblea, y todo ello es perfecto e impecable. Pero las exhortaciones prácticas que Dios da son valederas y aplicables en todas las épocas. Es cierto que las circunstancias han cambiado, pero los pensamientos de Dios siguen siendo los mismos.

Plenamente conscientes de lo que precede, examinemos cómo Pablo introduce las exhortaciones que dirige a los efesios; ellas nos conducen directamente a nuestro tema: “Yo, pues, preso en el Señor, os ruego que andéis como es digno de la vocación con que fuisteis llamados, con toda humildad y mansedumbre, soportándoos con paciencia los unos a los otros en amor, solícitos en guardar la unidad del Espíritu en el vínculo de la paz” (Efesios 4:1-3).

1.1. ¿Cuál es nuestra vocación?

Si debemos andar de una manera digna de la vocación con que fuimos llamados, primeramente necesitamos conocer esa vocación. Tal es el tema del segundo capítulo, al que sólo me referiré superficialmente. Pero vale la pena estudiarlo más detenidamente. Los versículos 11 a 22 nos muestran que una de las benditas consecuencias de la cruz de Cristo consiste en que “la pared intermedia de separación”, la que hasta ese momento separaba a los judíos de los gentiles, fue destruida. El señalado propósito de Dios era el de reunir a los creyentes judíos y gentiles en un solo hombre nuevo que fuera un templo santo en el Señor, una morada de Dios en el Espíritu. Ésos son los dos gloriosos lados del llamado que Dios dirigió a todos sus verdaderos hijos: ser miembros de un solo cuerpo, el cuerpo de Cristo, y constituir la morada de Dios, morar allí donde él mismo mora.

¡No se puede medir lo extenso de esta bendición! Y si pensamos de dónde extrajo Dios a los objetos de tal llamado, su propósito nos resulta aun más maravilloso. Estábamos muertos para Dios, muertos en nuestros delitos y pecados, éramos por naturaleza hijos de ira, lo mismo que los demás (v. 1 a 3). Sólo la pura gracia podía llevar tan cerca (v. 13) a aquellos que estaban sin Cristo, sin esperanza, sin Dios en el mundo.

1.2. Andar de manera digna

Si pensamos en esta gracia sin precedente, en ese don de Dios, ¿cuál debe ser entonces nuestro comportamiento práctico? ¡Andar con humildad, con mansedumbre, soportándonos los unos a los otros en amor! Antes de exhortarnos a guardar la unidad del Espíritu en el vínculo de la paz, el Espíritu Santo nos alienta a practicar aquellas virtudes. ¡Qué poco manifestamos tales caracteres cuando justamente se trataba de hallar el verdadero camino cristiano y de andar en él! Ello sólo puede humillarnos profundamente. Sin embargo, pienso que nos sería relativamente fácil manifestar humildad, mansedumbre, longanimidad y amor si supiéramos apreciar más la gracia de Dios que no solamente nos trajo de tan lejos sino que, incluso hoy, se interesa por nosotros y nos vuelve a traer si nos extraviamos.

No obstante, no puede haber ni humildad ni mansedumbre si se duda de las declaraciones de la Palabra de Dios o si no se quiere aceptar una posición conferida por Dios. Tampoco puede haber ni longanimidad ni amor si sencillamente se quiere ignorar lo que es falso o lo que está mal en un hermano. El verdadero amor cristiano siempre da a Cristo el primer lugar. Pero, si se concede a la comunión de los creyentes más alto valor que a la honra debida al Señor y a sus derechos, ella ya ha perdido su carácter propio para dar lugar, en el mejor de los casos, a un afecto natural. Y estemos atentos: la actividad de la voluntad propia del hombre nunca hace tantos estragos como en la Asamblea de Dios.

Como miembros del cuerpo de Cristo, hemos sido llamados, por la gracia de Dios, a ser uno con Cristo, el jefe (la cabeza), así como con los diferentes miembros. Si deseamos andar de una manera digna de esta vocación, también es preciso que satisfagamos la siguiente exhortación práctica: ser “solícitos en guardar la unidad del Espíritu en el vínculo de la paz”.

1.3. ¿Qué significa “la unidad del Espíritu”?

Por cierto que esta expresión no significa la unidad de nuestros espíritus. No son acuerdos logrados sobre la base de opiniones, de pareceres o de profesiones de fe generales los que nos abren el camino de Dios. Antes bien lo hace esta preciosa unidad producida por el Espíritu Santo, la cual, en su principio, engloba a todos los miembros del cuerpo de Cristo. La Palabra de Dios no conoce y no reconoce otra unidad. ¿Qué valor tiene cualquier otra unidad? Jamás superará lo que vale su origen humano.

Guardar la unidad del Espíritu no significa hacerla, sino mantenerla. Es la realización práctica de la verdad en cuanto a que hay “un cuerpo, y un Espíritu” y, en nuestro andar de cada día, no reconocer ningún otro vínculo eclesiástico que el formado por el Espíritu de Dios; eso es guardar la unidad del Espíritu.

“La unidad del Espíritu” es, pues, ese poder y ese principio fundamental que a los verdaderos creyentes les hacen capaces de seguir un camino colectivo conforme a la unidad del cuerpo de Cristo. Guardar la unidad es la realización moral de ésta; en otras palabras, es el mantenimiento de nuestras relaciones con todos los santos según el Espíritu de Dios.

1.4. No es la “unidad del cuerpo”

Es un hecho significativo que no seamos exhortados a guardar la unidad del cuerpo. Eso equivaldría a decir que debemos andar con todo miembro del cuerpo de Cristo, independientemente de su posición eclesiástica o de su andar práctico. Incluso si nuestro hermano hiciera lo peor, no podríamos separarnos de él. Veremos que la Escritura no habla así; en realidad, guardar la unidad del Espíritu indica necesariamente la comunión con una persona divina. Si la Asamblea de Dios se hallara aún en buen estado según Sus pensamientos, prácticamente no habría diferencia alguna entre las dos expresiones: “unidad del Espíritu” y “unidad del cuerpo”.

En lo tocante a ese mantenimiento de la unidad, no podemos guardar ni romper la unidad del cuerpo, pues ella es mantenida por el propio Espíritu Santo que mora en la Asamblea y une a todos los miembros del cuerpo de Cristo entre ellos y con la cabeza glorificada en el cielo. A despecho de las dolorosas faltas del hombre, esta unidad permanece porque el Espíritu Santo permanece.

1.5. ¿Cristo está dividido?

Si el Espíritu Santo quiere producir una unidad práctica entre los creyentes, resulta sumamente claro que las actuales separaciones en el seno de la cristiandad no son según los pensamientos de Dios. Incluso están en completa contradicción con su voluntad. No es raro oír decir que en Efesios 4 se trata de una unidad invisible en Cristo, completamente compatible con la diversidad de grupos, pero que es preciso, incluso si los creyentes están separados exteriormente, guardar el espíritu de paz. Esta interpretación es doblemente falsa. Por una parte, se pone todo el acento sobre la paz, como si fuésemos exhortados a esforzarnos para guardar el vínculo de la paz. El Espíritu Santo no nos invita a guardar la paz en medio de las divisiones, sino a mantener prácticamente la unidad en la paz. Por otra parte, no podemos ni debemos guardar la unidad «invisible», la unidad absoluta. Ya hemos considerado este punto.

Dos pasajes del Nuevo Testamento nos muestran claramente que Dios piensa en realidad en una unidad visible. El Señor Jesús, en su oración de Juan 17, pasando de los apóstoles a aquellos que creerían en él por medio de las palabras apostólicas, primeramente pide al Padre que ellos sean uno... “para que el mundo crea que tú me enviaste” (v. 21). Un testimonio invisible nunca podría llevar al mundo a creer. Si la unidad de los creyentes no es representada de manera que el mundo pueda observarla, entonces el testimonio del cual habla el Señor no puede ser dado.

En el primer capítulo de la primera epístola a los Corintios, las divisiones entre los creyentes son muy severamente condenadas.

“Os ruego, pues, hermanos, por el nombre de nuestro Señor Jesucristo, que habléis todos una misma cosa, y que no haya entre vosotros divisiones, sino que estéis perfectamente unidos en una misma mente y en un mismo parecer. Porque he sido informado acerca de vosotros, hermanos míos, por los de Cloé, que hay entre vosotros contiendas. Quiero decir, que cada uno de vosotros dice: Yo soy de Pablo; y yo de Apolos; y yo de Cefas; y yo de Cristo. ¿Acaso está dividido Cristo? ¿Fue crucificado Pablo por vosotros? ¿O fuisteis bautizados en el nombre de Pablo?” (v. 10-13).

¿Qué vemos aquí? Justamente lo que caracteriza a la cristiandad: las divisiones. Es cierto que los creyentes de Corinto se reunían aún en un mismo lugar, todavía partían el pan juntos porque aún no había ruptura exterior. Consideraré más ampliamente sus divergencias en el capítulo tercero.

Pero, incluso en el principio, todos esos diversos agrupamientos que vemos hoy en la cristiandad ya existían. Los creyentes se reunían alrededor de diferentes maestros, constituían ciertas «escuelas» que sostenían sus respectivas doctrinas. Los que tomaban a Cristo como jefe formaban ciertamente el grupo más peligroso, pues ponían al Señor y su doctrina en oposición con los apóstoles y su doctrina, haciéndole jefe de un partido cristiano.

¿Qué actitud adopta el apóstol ante esta evolución entre los creyentes? ¿Les dice: «Ahora os exhorto, a vosotros que habláis diferentemente, a hacerlo con amabilidad»? No, sino que les dice: “Os ruego, pues, hermanos,... que no haya entre vosotros divisiones”. Y agrega, casi con indignación: “¿Acaso está dividido Cristo?”. Estas palabras sólo pueden tener una interpretación: la separación de los cristianos en diversas escuelas o diferentes partidos, incluso con el aspecto benigno que entonces tenía, es absolutamente incompatible con la unidad de la Iglesia como cuerpo de Cristo. Reunirse alrededor de Pablo habría implicado que Pablo había sido crucificado, como propiciación por ellos, en lugar de Cristo. ¡Qué pensamiento absurdo e insoportable! Tan insoportables son también las divisiones entre hijos de Dios. No, esas divisiones nunca pudieron ni podrán ser justificadas. Y ¿quién puede, sin violentar su propia conciencia, afirmar que el estado de Corinto, desaprobado por Pablo, era falso en esa época y pretender que lo que hoy vemos a nuestro alrededor es justo? Pablo, inspirado por el Espíritu de Dios, ¿podría decir otra cosa en nuestros días? “Pues habiendo entre vosotros celos, contiendas y disensiones, ¿no sois carnales, y andáis como hombres? Porque diciendo el uno: Yo ciertamente soy de Pablo; y el otro: Yo soy de Apolos, ¿no sois carnales?” (3:3-4).

1.6. Siete caracteres de la unidad

No se puede negar que Dios tiene en vista la visible presentación de la unidad y que, por consecuencia, condena las divisiones y los partidos que se forman en el seno de su pueblo. Si volvemos a la exhortación que nos ocupa: “Guardar la unidad del Espíritu en el vínculo de la paz”, comprobamos que nuestros esfuerzos deben apoyarse en siete unidades a las cuales, por la gracia de Dios, hemos sido llevados. Ellas forman tres esferas que es importante captar (Efesios 4:4-6), a saber:

1) “Un cuerpo, y un Espíritu, ... una misma esperanza”

Ésta es la esfera de la verdadera comunión divina. Hay un solo cuerpo que, como ya lo hemos visto, es formado por el Espíritu Santo. Cada hijo de Dios que viva actualmente en la tierra pertenece a este cuerpo considerado bajo su estado temporal. Es también el Espíritu Santo el que mantiene “una misma esperanza de” la vocación en el corazón de los creyentes, tal como ello es desarrollado en el primer capítulo de la epístola.

2) “Un Señor, una fe, un bautismo”

Ésta es la esfera de la confesión pública, de la profesión de fe en el cristianismo. En tanto que la primera esfera está caracterizada por la verdadera comunión en el poder del Espíritu Santo, la segunda esfera abarca toda la profesión cristiana por entero. Es la esfera del dominio de Cristo sobre la tierra; por eso está dicho: “un Señor”. Es cierto que esta esfera comprende —lo que no es el objeto de la epístola a los Efesios— a todos aquellos que, de una u otra manera, aunque más no fuera exterior, reconocen a Cristo como Señor. Puede ser por una mera profesión de fe cristiana (pues también hay profesantes que no poseen la vida). La expresión “una fe”, en contraste con el judaísmo y el paganismo, dirige la atención sobre la única fe cristiana a la que se vinculan todos aquellos que llevan la marca exterior (“un bautismo”, es decir, el bautismo de agua cristiano).

3) “Un Dios y Padre de todos, el cual es sobre todos, y por todos, y en todo”

Ésta es la esfera que se extiende a todo el universo. Tiene un carácter aun más general que la segunda y abarca no sólo a los cristianos, sino a todas las criaturas de un solo Dios y Padre. Dios es el “Padre”, es decir, el origen de “todos”, pues él los creó a todos. Es Aquel que “da a todos vida y aliento y todas las cosas”, “porque linaje suyo somos” (Hechos 17:25 y 28). Aquí tenemos, pues, la esfera de la creación.

Pero, entonces, ¿por qué esos siete caracteres de la unidad? Manifiestamente para apuntalar la exhortación a mantener la unidad del Espíritu en el vínculo de la paz. “Hay un cuerpo”: ¿ello no condena fundamentalmente toda división? “Un Espíritu”: ¿por qué, entonces, tantos pareceres diferentes en cuanto al orden, la doctrina, el buen comportamiento en la Asamblea de Dios? Hay “una misma esperanza de nuestra vocación”: pero, entonces, ¿por qué los contradictorios caminos e intenciones de aquellos que persiguen la misma meta celestial? Hay “un Señor”: entonces resulta asombroso comprobar que hay hombres que, por medio de sus propias ordenanzas, ¡hacen caso omiso de la autoridad del Señor! Hay “una fe”: ¿cómo puede ser compatible con las más variadas profesiones de fe que desgarran a la cristiandad? Hay “un bautismo”: por ello ¡cuán humillante es que aquellos que reconocieron haber sido sepultados con Cristo sean tan carnales que se dividan en grupos y partidos! Finalmente, hay “un Dios y Padre de todos”, quien, como origen de todo lo creado, es aquel que reúne todas las cosas. Quienes le conocen personalmente como su Padre en Jesucristo ¿no deberían reflejar el orden y la unidad que Dios ha instituido y no ofrecer un espectáculo de confusión y división como el que vemos en la cristiandad?

1.7. ¿En qué camino debemos andar?

Ya que los partidos o las sectas son la formal denegación de los pensamientos de Dios en cuanto a la Asamblea, ¿qué camino le queda al creyente? ¿Tener relaciones cordiales sin ninguna reserva entre unos y otros? Por cierto que es justo alimentar sentimientos cordiales hacia otros hijos de Dios, pero eso no es todo lo que Dios nos pide. Dios no sólo condena las erróneas opiniones que se encuentran en las sectas, sino que condena también a las propias sectas. A tal convicción debemos llegar si queremos estar en comunión con Dios. Verdaderamente no podemos ni debemos ignorar los sistemas establecidos por hombres. El hecho de que existan muestra demasiado claramente que no hemos velado. Esto debe humillarnos profundamente. Como la manifestación de la unidad ha sido destruida por nuestra infidelidad, ¿somos llamados a restablecer el estado inicial? ¡De ninguna manera! El Espíritu Santo nos muestra otro camino: volver a los principios divinos sobre los cuales fue fundada la Asamblea al comienzo y sobre los cuales siempre descansa.

Los motivos que causaron las divisiones al comienzo nos proporcionan la doble llave que nos permite volver a lo que era desde el comienzo. Y no hay otra.

El primer paso es reconocer como único centro de nuestra reunión la persona del Señor Jesucristo. Todo otro centro de congregación debe ser puesto de lado. Hemos visto que los creyentes de Corinto se agrupaban cada vez más alrededor de ciertos hombres cuyo nombre tomaban como centro. Incluso utilizaban el nombre de Cristo como un nombre de partido. Precisamente por esa causa se originaron las divisiones en medio de ellos. Nosotros, por el contrario, debemos reunirnos únicamente en el (o al) Nombre del Señor Jesús. Él promete su presencia personal a aquellos que así se reúnen (Mateo 18:20).

El segundo punto es someternos a la Palabra de Dios como único criterio para ordenar todo lo concerniente al andar colectivo y personal. Los corintios concedían gran importancia a la sabiduría humana, a la filosofía y a la elocuencia. Justamente a causa de esas tendencias se dejaron arrastrar por los disputadores de este siglo (1.ª Corintios 1:20) y consideraban completamente normal escindirse en varias «escuelas». Sin embargo, el apóstol debía mostrarles que Dios hizo de la sabiduría del mundo una locura. Lo que surge claramente de 1.ª Corintios es esto: por medio de la sabiduría del mundo no podemos comprender las cosas de Dios. El propio mundo lamentablemente proveyó la prueba de ello: crucificó al Señor Jesús, quien, sin embargo, era la sabiduría de Dios en persona. Y, cuando estaba en la tierra, los “príncipes de este siglo” no fueron capaces de reconocerla. Pero ¿qué opone nuestro Dios a la sabiduría del hombre? La “locura de la predicación”, la “palabra de la cruz”; en otros términos: su santa Palabra. La opinión y el parecer del hombre son puestos de lado para hacer lugar a la infalible Palabra de Dios.

Éstos son los dos remedios por los cuales, aun hoy, podemos escapar del mal del sectarismo. Únicamente el nombre del Señor Jesucristo (el «nombre» revela a la persona que lo lleva) puede ser el centro en torno al cual nos reunimos, y sólo la Palabra de Dios debe ser el conductor que nos dirige por el poder del Espíritu Santo.

No sin motivo el Señor Jesús, al mencionar precisamente esos dos puntos, da su aprobación al remanente creyente de Filadelfia: “has guardado mi palabra, y no has negado mi nombre” (Apocalipsis 3:8).

“Guardar su Palabra” no significa guardar algunos pasajes, sino supeditarse a toda la revelación de la voluntad de Dios. Todos los errores de la cristiandad provienen del hecho de haber agregado algo a la Palabra de Dios o haber quitado algo de ella. Creo que las palabras “Yo soy de Pablo; y yo de Apolos; y yo de Cefas” aluden a ese peligro. Dios había confiado a cada uno de sus siervos un muy definido aspecto de la verdad. En lugar de captar que todas las cosas son de los creyentes, “sea Pablo, sea Apolos, sea Cefas” (1.ª Corintios 3:22 y 23), los corintios querían, en su estrechez de espíritu y su locura, aceptar al uno y excluir al otro. Al obrar así, no rechazaban simplemente lo que Dios había confiado a los demás, sino que a sí mismos se ponían en contradicción con ellos. Ésta es la raíz de casi todos los errores doctrinales.

Cuando privilegiamos una verdad de la Palabra en detrimento de otras, hasta lo que es justo en sí mismo se vuelve falso. La doctrina de las Escrituras presenta múltiples aspectos, pero resulta claro que sus diferentes enseñanzas armonizan perfectamente entre sí. Solamente en la medida en que nos sometemos a toda la Palabra de Dios, él nos guardará de deslizarnos en partidos o sectas.

1.8. ¿Otra secta?

La exhortación a “guardar la unidad del Espíritu en el vínculo de la paz” es completamente aplicable hoy en día; de hecho, ella nos incluye a todos. De modo especial no pensemos que es imposible, en nuestros días de ruina, adoptar un punto de vista que no sea sectario. Admitir eso significaría que Dios nos hace seguir un camino que él mismo condena como no bueno, o que nos compromete a seguirlo sabiendo de antemano que llegará un momento en el que ya no será posible andar en él. Concepciones semejantes sólo podrían deshonrarle profundamente. No, amados, el camino de la obediencia a la Palabra de Dios siempre es accesible. Este camino es el que he intentado presentar. Si no reconocemos otro centro de reunión que no sea el nombre de Cristo y nos sometemos a toda la Palabra, no cabe duda de que ello, si bien no nos llevará nuevamente al estado de la Iglesia del comienzo —cuando ella era una en la doctrina y en el andar—, volveremos a encontrar los principios divinos sobre los cuales ha sido fundada la Iglesia. De tal manera podemos guardar hoy la unidad del Espíritu en el vínculo de la paz. Ya hemos mencionado que, para realizar eso, es necesario que nos separemos de todo lo que es contrario a los pensamientos de Dios. “Por lo cual, salid de en medio de ellos, y apartaos, dice el Señor, y no toquéis lo inmundo, y yo os recibiré” (2.ª Corintios 6:17).

A menudo se les reprocha, a aquellos que desean seguir este camino, que establezcan una nueva secta al separarse de otros creyentes. Tal reproche es injusto, pues ellos no se separan de otros miembros del cuerpo de Cristo, sino que encuentran a éstos ya separados y dicen: «Estas separaciones son falsas y no podemos convalidarlas uniéndonos a uno de esos grupos». No se separan, pues, de otros creyentes, sino que rechazan los sistemas que les separan prácticamente de ellos. Sólo desean reunirse según el principio de la unidad del cuerpo de Cristo. Otros creyentes, de hecho, permanecen cautivos de diferentes sectas. Y esas divisiones no son suscitadas por quienes rechazan a los grupos sectarios sino por quienes permanecen en ellos.

Cuando dos o tres se reúnen solamente conforme a la Escritura, se fundan en los principios de la Asamblea de Dios y no en las reglas de una secta. Esos principios son bastante vastos para recibir a todo miembro del cuerpo de Cristo y bastante estrechos para apartar todo lo que deshonra al Señor.

Los dos o tres no son la Asamblea. Jamás pretenderían serlo. Tampoco reivindicarían el derecho a ser “el remanente”; pero, en lo tocante a su culto, a sus reuniones de edificación y de oración, se dejan conducir por los principios que Dios dio para ordenar la vida de la Asamblea cuando las cosas aún estaban en buen estado, pues los principios de Dios no podrían ser puestos de lado en un tiempo de ruina, por grande que ésta sea. Quienes se reúnen así saben eso y actúan en consecuencia; el resultado de esta actitud es que poseen todos los privilegios de la Asamblea de Dios, en particular la presencia personal del Señor Jesús. Al estar él en medio de los suyos, ellos son juzgados dignos, por gracia, de representar a su Asamblea en la tierra.

¡Ojalá que el Señor nos ayude a seguir ese camino con un estado de espíritu impregnado de paz! ¡Qué dicha que Dios nos haya trazado tal camino! Al seguirlo, estamos seguros de su presencia y de su aprobación, por sombríos y sufridos que puedan ser los días que atravesamos.


2. MAL USO DE LA LIBERTAD

“Estad, pues, firmes en la libertad con que Cristo nos hizo libres”. Ésta es, de hecho, una posición y una vocación benditas, las que pertenecen a todos los verdaderos creyentes. No obstante, era preciso que los gálatas fueran advertidos del peligro de usar la libertad como ocasión para la carne (Gálatas 5:1 y 13). El ejemplo de los creyentes de Corinto nos enseña cuán fácilmente esta libertad cristiana puede ser mal utilizada.

2.1. Consideraciones para con un hermano más débil

Los corintios sabían que “un ídolo nada es en el mundo, y que no hay más que un Dios” (1.ª Corintios 8:4). Ese punto les resultaba claro. Sin embargo, se imaginaban que este conocimiento les daba la libertad de comer de las cosas sacrificadas a los ídolos. Ya que un ídolo no es nada, ¿por qué no podían comer de la carne de los animales ofrecidos a este ídolo? ¿No se trataba de carne común como todas las demás? Incluso llegaban mucho más lejos, ya que se sentaban a la mesa en un templo de ídolos para comer de las cosas que allí se sacrificaban. ¿No tenían libertad para hacerlo, aunque no ignoraban toda la perfidia de la idolatría?

Este estado de cosas ¿era verdaderamente tan sencillo? Pablo muestra que no es así. Los corintios, gracias a su conocimiento, poseían por cierto la libertad cristiana, pero hacían de ella un mal uso. En primer lugar, el apóstol les señala claramente que ellos debían tener consideración para con sus hermanos más débiles, cuyo conocimiento no había alcanzado el mismo nivel: “Pero mirad que esta libertad vuestra no venga a ser tropezadero para los débiles. Porque si alguno te ve a ti, que tienes conocimiento, sentado a la mesa en un lugar de ídolos, la conciencia de aquel que es débil, ¿no será estimulada a comer de lo sacrificado a los ídolos? Y por el conocimiento tuyo, se perderá el hermano débil por quien Cristo murió” (1.ª Corintios 8:9-11).

Este principio ¿no es hoy muy importante? ¿A veces no pensamos también nosotros que tenemos la libertad de hacer tal o cual cosa, de ir aquí o allá? Pero ¿hemos considerado atentamente que nuestro derecho puede escandalizar al débil, que nuestro uso de la libertad puede “perder” a aquel que es débil? Cristo ama a ese débil, y murió por él. ¿Lo amamos nosotros también? ¿Actuamos con amor hacia el hermano débil? ¿Hemos reflexionado al respecto? Muchas cuestiones, muchas dificultades serían resueltas si tuviéramos en cuenta aquellas exhortaciones.

2.2. La Mesa del Señor

En 1.ª Corintios 10, el apóstol Pablo va aun más lejos y les hace recapacitar acerca de esta grave realidad, a saber, que detrás de los ídolos se ocultan los demonios. Sus palabras de advertencia son las siguientes: “Por tanto, amados míos, huid de la idolatría. Como a sensatos os hablo; juzgad vosotros lo que digo. La copa de bendición que bendecimos, ¿no es la comunión de la sangre de Cristo? El pan que partimos, ¿no es la comunión del cuerpo de Cristo? Siendo uno solo el pan, nosotros, con ser muchos, somos un cuerpo; pues todos participamos de aquel mismo pan. Mirad a Israel según la carne; los que comen de los sacrificios, ¿no son partícipes del altar? ¿Qué digo, pues? ¿Que el ídolo es algo, o que sea algo lo que se sacrifica a los ídolos? Antes digo que lo que los gentiles sacrifican, a los demonios lo sacrifican, y no a Dios; y no quiero que vosotros os hagáis partícipes con los demonios. No podéis beber la copia del Señor, y la copa de los demonios; no podéis participar de la mesa del Señor, y de la mesa de los demonios. ¿O provocaremos a celos al Señor? ¿Somos más fuertes que él?” (v. 14-22).

El apóstol pone en guardia a los creyentes de Corinto contra la idolatría de la que habían participado nuevamente al hacer un mal uso de su conocimiento. Si bien hoy en día no tenemos, hablando con propiedad, nada que ver con los ídolos, las enseñanzas y los principios dados por el Espíritu Santo en ese capítulo son, pese a todo, de importancia capital tanto en nuestras relaciones con los creyentes como con el mundo religioso. En efecto; en nuestros días, verdaderos hijos de Dios podrían considerar como expresión de la libertad cristiana el hecho de correr de un lado a otro (me refiero no tanto a lugares mundanos como a sitios religiosos), para seguidamente volver a tomar su lugar a la Mesa del Señor.

Pues bien, los corintios compartían por completo este parecer. Pero el apóstol rectifica esos pensamientos y enseguida se refiere a la Mesa del Señor como un principio según el cual debe ser tomada la cena del Señor. Se aparta del orden cronológico y comienza por la copa. “La copa de bendición que bendecimos, ¿no es la comunión de la sangre de Cristo?”. ¿Por qué el apóstol invierte el orden normal y nombra la copa antes que el pan, es decir, la sangre de Cristo antes que su cuerpo?

Aquellos a quienes se dirigía habían sido idólatras, se habían manchado mediante la práctica del culto a los ídolos. Pero habían sido liberados de esa condición. ¿Por qué medio? Por la preciosa sangre de Cristo. Si, al beber de la copa, recordaban qué sangre les había lavado de sus pecados, si pensaban en el gran precio pagado por su salvación, ¿cómo podrían retornar a las cosas de las que habían sido liberados?

Me parece que el apóstol menciona la copa en primer término para insistir en este pensamiento. Además, esta inversión de la copa y el pan nos enseña que aquí no se trata, como en el capítulo 11, de rectificar un falso comportamiento al partir el pan, sino de exponer lo que es la comunión, es decir, con qué Persona los creyentes tienen tal comunión, cuyo fundamento es la sangre de Cristo.

De modo que beber de la copa no era sólo una cuestión de forma, sino la más fuerte expresión de su comunión y de su identificación con la sangre de Cristo, vale decir, con la muerte que él padeció por ellos. Si bebían al mismo tiempo “la copa de los demonios”, ¿no rebajaban la copa del Señor al nivel de un culto pagano? “No podéis beber la copa del Señor, y la copa de los demonios” (v. 21). ¿Qué podía darles la copa de los demonios? ¡Nada más que el mal! Por el contrario, la copa del Señor es una copa de bendición, y hablaba de una sobreabundante medida de bendición conseguida al precio de la sangre de nuestro Redentor. ¡El Señor y los demonios! Eran totalmente opuestos; no podía haber ninguna comunión entre ellos.

Además, el apóstol recuerda a los corintios que, al partir el pan, expresaban la comunión del cuerpo de Cristo, es decir, que los muchos formaban un solo cuerpo (v. 17) y así se diferenciaban, como asamblea, tanto de los judíos como de los gentiles (v. 32). ¿Cómo, pues, podían, al mismo tiempo, identificarse con los paganos y los sacrificios ofrecidos a los ídolos? Era imposible participar de la Mesa del Señor —allí donde él tiene toda autoridad— y al mismo tiempo de la mesa de los demonios, en la cual éstos decidían lo que se hacía.

2.3. Detrás de los ídolos: los demonios

El argumento del apóstol —si podemos expresarnos así— pone en evidencia dos principios extremadamente importantes, cuya gravedad no podríamos subrayar lo suficiente. Su marginación por parte de la cristiandad ha tenido consecuencias particularmente humillantes. El primero de esos principios es el siguiente:
Detrás de las cosas visibles se ocultan cosas invisibles: ideologías, principios, sistemas, poderes.
Detengámonos un instante en esos diferentes puntos y, para hacerlo, volvamos al tan instructivo ejemplo de los corintios. El apóstol Pablo, naturalmente, sabía, tan bien como ellos, que los ídolos, como marionetas sin vida, no eran nada: “¿Qué digo, pues? ¿Que el ídolo es algo, o que sea algo lo que se sacrifica a los ídolos?” (v. 19). Pero les esclarece acerca de los «instigadores»: detrás de los ídolos se ocultan los enemigos de Dios y de los hombres. “Antes digo que lo que los gentiles sacrifican, a los demonios lo sacrifican, y no a Dios” (v. 20). Este principio nos es confirmado por el Antiguo Testamento: “Sacrificaron a los demonios, y no a Dios; a dioses que no habían conocido, a nuevos dioses venidos de cerca, que no habían temido vuestros padres” (Deuteronomio 32:17). La adoración que correspondía únicamente a Dios, era reivindicada por los demonios. No cabe duda de que los creyentes corintios no tenían intención de rendir culto a Satanás y a sus malos espíritus caídos, así como tampoco un incrédulo piensa en servir a Satanás y, sin embargo, ¡es precisamente lo que hace!

Es importante, por consiguiente, discernir, detrás de las cosas visibles, los sistemas y los poderes invisibles que los llevan y los sostienen. Incluso es indispensable en el mundo, si no se quiere ser víctima de gruesos engaños. Por ejemplo, la desobediencia civil, las demostraciones en favor de la paz, los movimientos huelguísticos y otras cosas semejantes, vistas desde fuera, pueden tener cierta apariencia de justicia, pero en realidad sólo manifiestan un espíritu de rebeldía contra la autoridad instituida por Dios. ¡Y qué decir de la educación permisiva! ¿Nos cuesta discernir detrás de ella al mismo instigador: Satanás? Los atentados y los actos de violencia que hoy sacuden a Occidente, ¿son cometidos por insensatos? No, detrás de ellos, salvo algunas excepciones, se disimulan sistemas filosóficos que tienen por objeto destruir en la tierra los gobiernos que Dios ha dado para el bien de los hombres. Menciono simplemente estos puntos para mostrar que las cosas visibles ocultan poderes invisibles.

No es distinto en la esfera religiosa. Es cierto que hoy ya no tenemos mesas de demonios, pero sí enseñanzas de demonios (1.ª Timoteo 4:1). Forman parte de ellas las enseñanzas concernientes al culto de los «santos», o la misa presentada como un sacrificio, al igual que todas las doctrinas que atentan contra la verdadera divinidad, contra la verdadera humanidad del Señor Jesús o contra la obra de la redención (por ejemplo, la doctrina que niega las penas eternas). También forman parte de esas enseñanzas las revelaciones extrañas a la Biblia, la crítica de la Biblia, pero también las doctrinas que exaltan al espíritu, como es el caso del movimiento carismático. Deseamos que cada verdadero creyente esté en claro a este respecto: detrás de cada falsa doctrina y de cada falso culto se esconde Satanás y sus ángeles; su interés es atentar contra el honor del Señor y causar daño al cuerpo y al alma de los hombres. El diablo sabe a menudo mucho mejor que nosotros que la sana doctrina tiene una importancia fundamental. Por eso intenta, por todos los medios, destruirla y reemplazarla por sus propias doctrinas: las enseñanzas de demonios. Muchas cosas que en la cristiandad tienen una hermosa apariencia exterior no son de Dios, no son de Cristo. ¿De quién son, pues?

2.4. Participación de hecho significa comunión

El segundo principio está estrechamente ligado al que acabamos de considerar:

La participación de hecho (exterior) significa para Dios: comunión de corazón (interior), identificación, acuerdo.

Los corintios no habían prestado atención ni habían tenido en cuenta el hecho de que detrás de los sacrificios a los ídolos se ocultaban los demonios. Cuando iban al templo y allí comían de los sacrificios, entraban directamente en contacto con los demonios; más aun, tenían comunión con los demonios, sabiéndolo o no, queriéndolo o no. El apóstol debe decir entonces, de manera perentoria: “Y no quiero que vosotros os hagáis partícipes con los demonios” (v. 20).

Mediante nuestra participación de hecho, expresamos (en todo caso así es cómo Dios ve la cosa) nuestra comunión con el sistema existente: se está en comunión con “el altar”.

Participar de la Mesa del Señor implica también la comunión, como lo acabamos de ver. El apóstol se refiere, además, al ejemplo de los israelitas y los gentiles. “Mirad a Israel según la carne; los que comen de los sacrificios, ¿no son partícipes del altar?” (v. 18). Los israelitas, cuando comían de los sacrificios ofrecidos en el altar, daban testimonio de su comunión con la ordenanza israelita del culto, el culto de Jehová. Los gentiles, cuando comían de los sacrificios ofrecidos en los altares paganos, daban testimonio de su comunión con el sistema pagano del culto, es decir, el culto de los demonios.

De igual forma, el cristiano expresa a la Mesa del Señor, por su participación en el solo pan, su comunión con el Señor y con los miembros del cuerpo de Cristo. Ése es, en realidad, el centro del verdadero culto cristiano, a tal punto que, cuando los creyentes no están reunidos alrededor de esta Mesa como miembros del cuerpo de Cristo, tampoco hay representación de la Asamblea de Dios en ese lugar.

No obstante, hacemos notar en este contexto que el Espíritu Santo se vale de dos términos para traducir «participar» y «tener comunión». El primero (metécho = ser participante) siempre significa participar de una cosa que está fuera de mí mismo, pero en la cual entro y de la cual participo. De tal manera todos participamos de un solo y mismo pan (v. 17), de igual modo que los paganos participaban de la mesa de los demonios (v. 21).

El segundo término (koinonéo) significa tomar parte juntos, tener una comunión de corazón (interior). Fuera de las expresiones “la comunión de la sangre de Cristo” y “la comunión del cuerpo de Cristo” en el versículo 16, esta importante palabra se halla, por ejemplo, en la primera epístola de Juan, capítulo1, versículo 3: “nuestra comunión verdaderamente es con el Padre, y con su Hijo Jesucristo”.

Esta expresión nos permite comprender mejor ese principio general según el cual nuestra participación de hecho en una cosa expresa identificación, comunión. Sea o no nuestra intención, Dios lo quiere así. Nos es preciso simplemente aprender a aceptar el punto de vista de Dios, si no veremos las cosas como él las ve, y las consecuencias de ello serán funestas. Nuestra participación de hecho —así sea de la Mesa del Señor o de otra mesa levantada tal vez sobre un principio de cisma o de independencia, o incluso de mala doctrina— a los ojos de Dios equivale a una identificación, a una comunión con el principio, con el sistema existente, sea bueno o sea malo. Podemos, pues —y éste es un tema muy grave y digno de la más profunda reflexión—, por nuestra participación de hecho en una cosa, ¡hallarnos en comunión con un mal que no cometemos nosotros mismos! ¿Ya hemos reflexionado al respecto?

¡Ah, que el Señor nos guarde de poner su Persona y su Mesa en relación con malos principios! Es inútil buscar excusas pretendiendo que el corazón no toma parte obligatoriamente en lo que no es más que una apariencia exterior. Nuestro Dios tiene otros pensamientos y es necesario que aprendamos a considerar las cosas como él las ve.

El apóstol Juan, anciano, escribe a la señora elegida —en su segunda epístola— que, si alguno no trae la doctrina de Cristo, no lo reciba en su casa ni le salude. “Porque quien le saluda participa en sus malas obras” (v. 11 - V.M.). ¿No es notable que en ese mismo caso la palabra empleada para decir «participar» sea koinonéo? Un simple saludo (el que se usa aquí es el mismo que se emplea en Hechos 23:26, por ejemplo), pero fuera de lugar, puede conducirnos a tener comunión con malas obras.

¡Qué solemne es la voz que Juan oyó desde lo alto del cielo acerca de “Babilonia”: “Salid de ella, pueblo mío, para que no seáis partícipes de sus pecados, ni recibáis parte de sus plagas”! (Apocalipsis 18:4). También en este versículo la palabra «participar» es la traducción del griego koinonéo. Esto nos muestra una vez más que la participación de hecho en el mal significa comunión con el mal. Por eso Dios exige que uno se limpie de lo que le es contrario. Si no queremos, a los ojos de Dios, identificarnos con el mal, es preciso separarnos de él. Eso parece duro y poco caritativo; sin embargo, el verdadero amor hacia nuestro Señor —quien nos ha unido tan estrechamente consigo mismo y los unos con los otros— y la verdadera sabiduría en el presente siglo malo nos llevarán a cuidarnos incluso de parecer que tenemos comunión con el mal.

Lo que acabamos de expresar está en todo caso en absoluto contraste con los múltiples esfuerzos desplegados en la cristiandad, la que querría asociar y unir lo que es tan diferente como el fuego y el agua, o el bien y el mal. Por mi parte, yo no podría, por ejemplo, participar de una reunión de evangelización que se sostuviera sobre el principio de convenciones contrarias al Espíritu de Dios. ¿Por qué no tengo la libertad de participar de ellas? Porque no podemos tener por justo lo que es falso y aceptar como bien lo que está mal, mezclando esos diferentes elementos (Hageo 2:12 y 13). Tampoco podría asociarme al trabajo del Evangelio con aquellos que defienden esos principios, porque ellos no siguen enteramente los pensamientos de Dios. Dios no sólo tiene en vista la salvación de los pecadores, sino que también desea que su pueblo constituya en la tierra un testimonio viviente de Cristo y del solo cuerpo que es su Asamblea.

Ojalá que el Señor nos ayude a mirar detrás de la fachada exterior, a reconocer los sistemas, los poderes y los principios que se disimulan detrás de las formas de manifestaciones y actividades; que él nos ayude también a separarnos de todo lo que no tenga origen en él, cumpliendo así la exhortación de Apocalipsis 18:4: ¡”para que no seáis partícipes de sus pecados”!


3. ¿LIBERTAD O INDEPENDENCIA?

En lo que concierne al testimonio de la Asamblea de Dios en este mundo, vivimos, como ya lo hicimos notar, días solemnes. Dios, en su gracia y por medio de su Palabra, nos ha preparado para tales días (2.ª Timoteo 3:1); el apóstol Pablo, en su discurso de despedida en Mileto, también había puesto en guardia contra los peligros de dentro (Hechos 20:30). Pues bien; hoy nos encontramos expuestos a los mismos peligros y me parece absolutamente necesario que meditemos de nuevo acerca de esos principios de la Palabra de Dios.

3.1. ¿Somos un lugar cerrado?

Se ha cuestionado, en estos últimos tiempos, aspectos que se refieren directamente al principio de reunión de los creyentes. ¿Es cierto que hasta aquí hemos ido demasiado lejos en nuestra separación al no partir el pan con quienes «están en comunión con nosotros a la Mesa del Señor» y, cuando se trata de visitantes ocasionales, al examinar con sumo cuidado si se cumplen las condiciones bíblicas? ¿O estaría más de acuerdo con los pensamientos de Dios que nos separáramos únicamente de los grupos en cuyo seno se tolera notoriamente el mal doctrinal o moral, mientras que, para una persona sola o para asambleas enteras habría libertad de partir el pan recíprocamente, nosotros con ellos y ellos con nosotros, puesto que el Señor está tanto en medio de ellos como en medio de nosotros? ¿Es justo que se nos haga el reproche de formar un círculo de comunión cerrado sin querer recibir a quien no responda en todo a nuestras ideas?

Comencemos por este último punto. El peligro entre los hijos de Dios es, según las tendencias y el temperamento personales, ser demasiado severos, demasiado estrechos, o bien de mostrarse demasiado abiertos, demasiado tolerantes. Y, según la influencia que se ejerza, un grupo de creyentes o una asamblea local pueden ser impulsados en una u otra dirección. Por eso nos hace falta estar verdaderamente alertas contra uno u otro extremo. Ni el uno ni el otro son de Dios. Somos llamados a “guardar la unidad del Espíritu en el vínculo de la paz” (Efesios 4:3). Ya he intentado mostrar lo que ello significa en el andar práctico, y ahora voy a desarrollar otros aspectos. Pero una cosa es segura: si tal exhortación ocupa nuestros corazones, seremos guardados de crear «círculos». Nuestro corazón puede abarcar a todos los hijos de Dios, a toda la Asamblea de Dios (Efesios 1:15). No queremos ni podemos contentarnos con menos.

La cristiandad de hoy día está caracterizada por la fragmentación en diversos agrupamientos. Incluso entre verdaderos hijos de Dios se han producido afligentes separaciones. Además de ello, nuevos grupos, en parte separados de errores groseros y que permanecen más o menos replegados sobre sí mismos, continúan formándose. En tal estado de cosas, no puede dejar de producirse que, en la práctica, un limitado número de congregaciones esté en real comunión con nosotros. No puede ser de otra manera en medio de tal confusión y de tales divisiones. Querría recordar estas cosas a todos aquellos que condenan con vehemencia el pensamiento de un medio cerrado[1]. En efecto, incluso aquellos que apoyan una más grande libertad de movimiento y están en favor de la independencia, los que de hecho rechazan el pensamiento de un medio cerrado, tarde o temprano deberán poner límites. Ellos tampoco quedarán exentos de hacerlo. Les es imposible querer y poder englobar a todos los diferentes grupos y congregaciones en la práctica de su vida colectiva. La cuestión es, por supuesto, saber dónde se colocan los límites según la Palabra de Dios. Eso es lo que vamos a considerar ahora.

3.2. Guardar la unidad del Espíritu

“Absteneos de toda especie de mal” (1.ª Tesalonicenses 5:22) y “Apártese de iniquidad todo aquel que invoca el nombre de Cristo” (2.ª Timoteo 2:19) son muy claras directivas de la Palabra, límites de suma importancia para el andar, tanto personal como colectivo. En cuanto al mal y a la iniquidad, debemos aprender a no juzgar acerca de ellos según nuestros propios sentimientos, sino según las declaraciones de la Palabra de Dios. Una de nuestras más grandes dificultades reside justamente en esta apreciación. Con el transcurso de los años nos hemos habituado a tantas cosas falsas y malas en la cristiandad que a menudo tenemos mucha dificultad para verlas como Dios las ve y a llamar mal lo que es malo a sus ojos.

Consideremos, por ejemplo, las numerosas comunidades cristianas que, según el parecer de muchos, difieren muy poco de nosotros mismos[2]. Si lo miramos de más cerca, comprobaremos con bastante rapidez que, por regla general, no es tan así. No lo digo con satisfacción, sino con dolor. Tales grupos son habitualmente el fruto del trabajo de evangelistas llenos de devoción, y nos sentimos colmados de gratitud por esa obra de Dios. Sí, rogamos que él la continúe y la bendiga. Es sin duda humillante que Dios no pueda utilizarnos para ese servicio. Pero supongamos por un instante que un grupo bien definido esté en muy buen estado. Se trata de verdaderos hijos de Dios que se han separado de todas las denominaciones cristianas; están liberados de errores perniciosos que tienen curso en la cristiandad y desean reunirse con toda sencillez al nombre del Señor Jesús. ¿No podemos deducir de ello que el Señor les concede su presencia según Mateo 18:20?

Es muy posible que ellos no comprendan que la base fundamental de la reunión según Dios es reconocer doctrinal y prácticamente la unidad del cuerpo; es muy posible que nunca se hayan preguntado qué es la unidad del Espíritu. Sin embargo, es el Espíritu de Dios quien les condujo a separarse. Así han respondido al pensamiento del Espíritu Santo, pues es él quien glorifica a Cristo (Juan 16:14). Pero, ya que su objetivo es glorificar a Cristo, resulta necesario que él aparte a los creyentes de todo lo que es contrario a Cristo, de todo lo que le deshonra. Ése es el primer principio que debemos tener absolutamente en cuenta.

Sin embargo, hay algo esencial que cabe añadir a nuestro ejemplo. El Espíritu Santo no sólo les separa de lo que es contrario a Cristo, sino que también les une a lo que está de acuerdo con él. Al separarse de lo que el Espíritu les ha permitido reconocer como falso, esos creyentes han sido colocados en el mismo terreno de responsabilidad que aquellos a quienes el Espíritu ya ha esclarecido y que siguen ese camino porque han discernido el fundamento de la reunión según los pensamientos de Dios. No lo habían comprendido hasta ahora y el Señor estaba con ellos. Pero el Espíritu Santo quiere conducirlos al conocimiento práctico de la verdad del solo cuerpo; él, pues, tarde o temprano los pondrá en relación con aquellos que ya ocupan este lugar, sea en su ciudad o en su país.

El punto decisivo, no obstante, es éste: ¿Ellos van a establecer la comunión con estos últimos reconociendo, por ejemplo, sus medidas de disciplina, o bien adoptarán el principio de reunirse entre ellos, es decir, permaneciendo independientes? Si se deciden por este camino, resultarán graves consecuencias y tal actitud será absolutamente contraria a la intención del Espíritu de Dios. Es cierto que continuarán reuniéndose, pero no lo harán según los principios divinos. En efecto, es imposible admitir que, después de haber sido esclarecido su entendimiento, según los pensamientos de Dios, se reúnan sin tener en cuenta para nada lo que el propio Espíritu produjo en otros antes que en ellos. La Palabra de Dios no reconoce ni tolera semejante independencia. Si esos cristianos, reunidos al comienzo —por el poder del Espíritu de Dios— al nombre del Señor, con toda sencillez, mantuvieran una actitud de independencia, se colocarían fuera de la unidad del Espíritu. ¡Cuán afligente es que lo que comenzó por el Espíritu termine por la carne, es decir, dé lugar a una nueva secta!

A la inversa, todos aquellos que profesan estar reunidos en el terreno del solo cuerpo están obligados a reconocer con gozo que el Señor ha obrado y obra en otros creyentes. Si no lo hacen, contradicen prácticamente lo que confiesan. Este peligro existe verdaderamente. ¡Con qué facilidad nos sentimos satisfechos de nosotros mismos y de nuestra posición y miramos a los demás creyentes desde lo alto, sin inquietarnos por saber si podemos andar con ellos! ¡Dios nos guarde de tal espíritu sectario!

3.3. ¿Qué es una secta? [3]

Muchos opinan que una secta (griego hairesis) está caracterizada principalmente por una falsa doctrina, refiriéndose al sentido de la palabra española herejía. Pero no es ése el sentido original que se halla en la Escritura, como nos lo muestra 1.ª Corintios 11. En el versículo 18 el apóstol habla de divisiones (griego schisma) entre los creyentes de Corinto; señala grupos que se han constituido entre los santos, como lo vemos en los capítulos 1 y 3. Pero, en el versículo 19, el apóstol se vale de otra palabra y dice: “Porque es preciso, sí, que bandos (o partidos de opinión) [3] haya entre vosotros, para que también los aprobados se hagan manifiestos entre vosotros” (Nuevo Testamento Interlineal Griego-Español, de F. Lacueva). Secta significa en griego un grupo (o escuela) de creyentes que se han separado de otros en mayor o menor grado. Una secta está caracterizada por una escisión visible en el seno de aquellos que hasta entonces seguían el mismo camino; ella es siempre el resultado de la terquedad, y muy a menudo incluso de la terquedad de una sola persona.

Es interesante, al respecto, conocer la primera acepción de la palabra griega hairesis: elección, inclinación, intención, manera de ver. Sería difícil hallar cuatro palabras más justas para describir el origen de las sectas. Uno se inclina por un pensamiento determinado (incluso puede tratarse de una importante doctrina de la sagrada Escritura); pero, al insistir excesivamente al respecto, hace de ese pensamiento, por así decirlo, su elección particular con la firme intención de defenderlo enérgicamente; al final, él influye a tal punto con su manera de ver que ya no da lugar a otras verdades igualmente importantes. Otras personas siguen la misma inclinación y entonces se agrupan en torno a un conductor. Así se produce una división interna que, si el mal no es juzgado, conduce fatalmente a una secta. A menudo se ha comprobado, desdichadamente, que por lo general malas y falsas doctrinas se manifiestan más tarde, aun si no las ha habido antes (véase 2.ª Pedro 2:1). Pero esto nada tiene que ver con el significado del término secta. De todas maneras, las sectas forman parte de las obras de la carne (Gálatas 5:20) y debemos apartarnos de ellas. Donde la carne está en actividad, ellas se multiplican rápidamente.

3.4. La separación

Si hermanos o hermanas enseñados por Dios se separan del grupo al cual pertenecían a causa de haber reconocido los errores que reinan en él, de ninguna manera puede acusárseles de crear divisiones. Eso sería tergiversar las cosas. Ellos sólo obedecen al Señor (2.ª Timoteo 2:19), quien espera que andemos a su luz y que nos separemos de toda forma de mal y de todo principio de independencia. Si permanecieran ligados a relaciones indignas de Dios, ¿podrían ser utensilios o vasos de honra para su Amo?

Es un razonamiento engañoso querer permanecer allí donde se está con el fin de ganar a otros miembros del mismo grupo, si ello fuese posible. Es claro que no se separará antes de haber dado testimonio, a los hermanos y hermanas con los cuales se ha estado reuniendo hasta entonces, de los nuevos conocimientos adquiridos, para ejercitar las conciencias de ellos. Por cierto que tal separación no tiene lugar sin grandes sufrimientos. Pero pretextar que se espera que uno u otro se decida a dar ese paso, no sólo es inútil sino antibíblico. La Palabra dice: “Tú, pues” (2.ª Timoteo 2:1). Eso basta. Dejemos que Dios disponga lo necesario para que otros tomen esa decisión. Muchos que durante años esperan decidir a otros, permanecen así donde no deberían estar.

Todo ello no tiene nada que ver con una falta de amor. No olvidemos que el verdadero amor fraternal está estrechamente ligado a la obediencia. “En esto conocemos que amamos a los hijos de Dios, cuando amamos a Dios, y guardamos sus mandamientos” (1.ª Juan 5:2).

3.5. ¿Cuál es el pensamiento de Dios acerca de la independencia?

Ser independiente, como muchos lo desean, y guardar la unidad del Espíritu son dos cosas absolutamente incompatibles. Dios no reconoce a asambleas independientes unas de otras. La asamblea de Dios en un lugar determinado representa a la Asamblea por entero y actúa como tal en relación con el conjunto. Las expresiones “los que están fuera” y “los que están dentro” (1.ª Corintios 5) no se relacionan solamente con la asamblea local en cuanto a la disciplina ejercida, sino con toda la Asamblea. Es inconcebible la idea de que un malvado puesto fuera de comunión en Corinto habría podido ser recibido en Éfeso.

Es sorprendente, y hasta inquietante, que esas verdades elementales no sean mejor comprendidas en la práctica. Las preguntas formuladas precedentemente lo prueban. ¿Cómo podemos partir el pan con uno u otro grupo de creyentes que perseveran desde hace años en el camino de la independencia? ¿No es algo fundamentalmente malo? Desde luego que no por eso dejan de ser muy queridos hijos de Dios. Lo son y les amamos como tales con todo el corazón, pero a este respecto no guardan la unidad que el Espíritu Santo produce. Si yo partiera el pan con ellos abandonaría el principio divino de la unidad del cuerpo, me encontraría con ellos en el terreno de la independencia, y eso sería pecar. Incluso ¿estoy seguro de que el Señor está en medio de ellos? ¿Puede él legitimar con su presencia lo que es profundamente contrario a sus pensamientos?

La independencia significa en la práctica que no se reconocen las decisiones de un testimonio local. Una persona sola o también grupos enteros no se sienten comprendidos por esas decisiones y reivindican para sí la libertad de tener otros pensamientos y de obrar en consecuencia. Ése es un gran error. La gestión de la asamblea de Jerusalén relatada en Hechos 15 es prueba evidente de que la Asamblea —tal como nos la muestra la Escritura— nunca tuvo un pensamiento de independencia en sus decisiones y sus actos. La coexistencia de asambleas independientes, más o menos relajadas (sueltas en libertad), es algo absolutamente extraño a la Palabra. Nosotros no deberíamos dar un solo paso en esa dirección.

Suele oírse a menudo: «Pero una asamblea puede equivocarse». Es cierto, pero obrar con independencia, ignorar o incluso rechazar las decisiones de la asamblea no es el remedio. Más bien es necesario ocuparse en ejercitar la conciencia de los hermanos y hermanas de ese lugar. Y tales cuidados pastorales —digámoslo claramente— deberían ser aceptados por la asamblea involucrada como provenientes de Dios mismo. Si no, es preciso esperar que el Señor intervenga disciplinariamente para confusión de toda la Asamblea. ¿Hemos reflexionado en que si decimos: «No acepto esta decisión», ello no es más que impugnar que esta asamblea sea una expresión de la Asamblea de Dios y que el Señor esté en medio de ella? La única legitimación de sus actos reside en la autoridad del Señor que mora en medio de ella. ¡Qué deshonra sería para el Señor si dos asambleas, por ejemplo, tomaran respecto de un mismo asunto decisiones opuestas y las asociaran al Nombre del Señor!

Supongamos el muy grave caso de una asamblea que obra falsamente y hace oídos sordos a todas las advertencias. Las asambleas vecinas estarán obligadas a quitarle su aprobación. Pero eso no puede ser de injerencia de una sola persona o de un grupo de fuera. Por regla general, no le corresponde a una asamblea juzgar las decisiones de otra. Eso sería entonces negar la unidad del Espíritu y constituiría independencia. Lo que a menudo nos falta es saber lo que verdaderamente es una asamblea de Dios en un lugar: ella es una expresión local de la Asamblea de Dios por entero, caracterizada por la presencia del Señor Jesús en medio de ella y por el Espíritu Santo que mora en ella con plena libertad de acción. La Asamblea de Dios no es de ningún modo un sistema de asambleas independientes entre sí, ni un sistema de agrupamientos asociados. Tampoco es un sistema provisto de una dirección central humana.

Los grupos independientes de cristianos, tarde o temprano adoptan tendencias «tolerantes» (relajadas, sueltas en libertad); es casi una «ley natural». No puede ser de otra manera si no se acepta el terreno bíblico de la unidad del cuerpo. De ello resulta que ya no se tiene en cuenta la doctrina bíblica en lo referente al ejercicio de la comunión, que uno se contamine a sí mismo estando en relación con un mal, colaborando con él e incluso partiendo el pan con aquellos que han sido puestos fuera de comunión. Tal comportamiento sólo puede afligirnos, porque amamos a esos hermanos y hermanas en el Señor y no deseamos más que su bien. Lamentablemente no podemos seguir el mismo camino.

Es preciso que seamos extremadamente vigilantes acerca de lo que oímos hoy en día, a saber, que hermanos que hasta el presente han seguido el mismo camino que nosotros, lo consideran ahora como demasiado estrecho y reclaman y practican más liberalidad en los contactos con los grupos descriptos precedentemente. Por cierto que no tenemos razón alguna para elevarnos, de la manera que sea, por encima de otros hijos de Dios; todo lo contrario, tal como ya lo señalé. Pero lo que se propaga como libertad cristiana y amor, no es, en realidad, otra cosa que independencia.

Sin ninguna duda debemos guardar la unidad del Espíritu en el vínculo de la paz, y deseamos consagrarnos a ello; pero, si los principios fundamentales de la Palabra de Dios fueran hechos a un lado, nos sería necesario tomar posición clara y resueltamente. Si renunciáramos a la separación tal como nos es enseñada por la Palabra, vendríamos a ser un grupo de cristianos entre muchos otros. Entonces yo no sabría verdaderamente dónde hallar el testimonio del solo cuerpo. Considerémoslo cuidadosamente: si aceptáramos el principio de la independencia de las asambleas, perderíamos nuestro testimonio de la unidad del cuerpo de Cristo.

Nadie nos reproche que somos orgullosos o presumidos. De ninguna manera se trata de nosotros, ni de nuestra honra, ni de nuestra posición, ni de nuestro saber, ni de nuestra opinión o de cualquier otra cosa, sino únicamente de la gloria del Señor. Él es la Cabeza del cuerpo, de la Asamblea, y nosotros debemos asirnos firmemente de ella (Colosenses 2:19). Pero, si Dios nos ha confiado el testimonio de Cristo y de su Asamblea, ¿deberíamos abandonarlo, bajo la actual influencia de aquellos que predican la libertad? ¡Jamás! Al contrario, deseamos seguir el camino de la unidad del Espíritu con los que de corazón limpio (o puro) invocan al Señor (2.ª Timoteo 2:22). Es un camino dichoso, en el cual tenemos la aprobación de Aquel que murió para congregar en uno a los hijos de Dios que estaban dispersos (Juan 11:52). Ese camino es —repitámoslo— suficientemente estrecho en sus principios para rechazar todo mal y suficientemente amplio para abarcar a todos los hijos de Dios. El Señor no reconoce ningún otro camino, y ésa es la razón por la cual queremos seguirlo hasta que él venga. ¡Quiera Dios ayudarnos!

Irmãos em Cristo Jesus.

Irmãos em Cristo Jesus.
Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"

Arquivos do blog